Londrina registrou a primeira morte por dengue neste ano. A vítima fatal foi um homem de 93 anos, que faleceu no dia seis de março. A secretaria municipal de Saúde não divulgou mais detalhes. De janeiro até a semana passada a cidade contabilizou 1.166 casos confirmados, o que dá uma média de quase 100 novos doentes por semana. Em todo o Estado são 8.723 casos, levando em conta o atual ciclo epidemiológico, que começou em agosto do ano passado.

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De acordo com o secretário municipal de Saúde, a disparada nos números da dengue tem impactado os atendimentos nas UPA (Unidades de Pronto Atendimento). “Isso também tem acontecido na iniciativa privada. A demanda está absurda (na rede pública), principalmente fim de semana, quando as UBS (Unidades Básicas de Saúde) não funcionam e existe a necessidade de as pessoas continuarem o estadiamento e vão para a UPA”, afirmou Felippe Machado.

Cerca de 95% dos focos do mosquito Aedes aegypti têm sido encontrados nas casas. “Pedimos para que as pessoas olhem para o quintal e façam o dever de casa, ajudando o município. Porque apesar do reforço de escala médica, em determinados momentos as unidades estão sobrecarregadas”, ponderou. Nas últimas semanas os pacientes que procuram as UPA têm reclamado do longo tempo de espera, que muitas vezes passa das cinco horas.

UNIDADES EXCLUSIVAS

A pasta não descarta abrir unidades exclusivas para os casos suspeitos ou confirmados de dengue. “Tudo está no radar. Temos reunido a equipe técnica semanalmente, mas se não houver colaboração da população, não tem serviço exclusivo que dê conta”, advertiu.

Entre os bairros com maior incidência de casos estão o conjunto Vivi Xavier, jardim São Jorge e Chefe Newton, todos na zona norte. Existe a possibilidade destes locais receberem mutirões de limpeza nos próximos dias.

INFESTAÇÃO

Em janeiro, a prefeitura divulgou o resultado do 1º LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) do ano, colocando Londrina em risco para epidemia de dengue. O índice de infestação vetorial foi de 5,5%, número muito acima do classificado como satisfatório pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

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