Imagem ilustrativa da imagem Londrina: Ippul estuda fim de ciclovia para desafogar tráfego na Avenida Ayrton Senna
| Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

A Prefeitura de Londrina estuda eliminar a faixa de ciclistas e o estacionamento em 45° da Avenida Ayrton Senna para criar mais uma pista de rolamento para veículos, na tentativa de solucionar os problemas de congestionamento em horários de pico na principal via da Gleba Palhano.

Segundo o presidente do Ippul (Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Londrina), Roberto Alves Lima Júnior, um projeto funcional já foi desenhado prevendo a redução do raio da rotatória no cruzamento da avenida com a Rua Bento Munhos da Rocha Neto, via que ladeia o Lago Igapó, para criar mais uma faixa de veículos no dispositivo de trânsito.

“Em seguida, a Ayrton Senna vai precisar 'descer e subir' em três faixas. Para isso, foi feito um novo projeto de sinalização viária, prevendo a retirada da ciclovia e o aumento de mais uma faixa de rolamento”, explica. No outro lado,, o estacionamento passará a ser paralelo à rua, liberando espaço para a terceira faixa.

A retirada da ciclovia, diz Lima, é um pedido de comerciantes e moradores da região e o Ippul também detectou o subaproveitamento da faixa exclusiva, principalmente pela topografia, de declividade acentuada, que desestimula os ciclistas a usá-la, seja para lazer, seja para circulação.

Em contrapartida, o Ippul deve entrevistas pedestres e ciclistas para definir novas propostas de ciclovias para Londrina, que serão incluídas no Plano de Mobilidade Urbana, parte do Plano Diretor que deve ser votado ainda este ano. “Neste plano, teremos um projeto chamado rotas acessíveis, para ciclistas e pedestres, e ali teremos uma identificação mais clara de rotas cicloviárias, onde se justificam, onde são destinadas ao lazer e ao uso para locomoção”, afirma.

ADENSAMENTO MAL PLANEJADO

Imagem ilustrativa da imagem Londrina: Ippul estuda fim de ciclovia para desafogar tráfego na Avenida Ayrton Senna
| Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

Segundo Lima, o tráfego na Avenida Ayrton Senna torna-se intenso nos horários de pico, que duram cerca de duas horas: entre 7h e 9h, das 12h às 14h e das 17h às 19h. “A gente observa que são intervalos bem grandes, mesmo pra horário de pico, essa aglomeração. E, por mais que tenhamos uma pista bem larga na Ayrton Senna, o sistema viário do entorno não tem o mesmo perfil”, afirma.

De acordo com ele, houve uma permissão de adensamento para a Gleba Palhano no passado sem observar a infraestrutura existente. Por isso, por mais que haja avenidas largas, as outras vias são estreitas, o volume de veículos é grande para cada estabelecimento e há prédios que não planejaram adequadamente o número de garagens, o que leva veículos a ficarem estacionados para fora. “O adensamento prejudica a fluidez do tráfego”, reforça.

O projeto funcional já foi elaborado e enviado para a Secretaria de Obras, que deve fazer orçamentos e projetos executivos para a adequação da via.