Londrina vai ganhar mais um parque ecológico. Trata-se do Parque Ecológico Francisco Prestes Maia, que homenageará o arquiteto e urbanista e engenheiro civil que elaborou a primeira Lei de Zoneamento Urbano de Londrina e uma das pioneiras no Brasil. A área é uma velha conhecida dos londrinenses, o lago Igapó IV, que mudará de nome. Entre os cinco lagos, o Igapó IV foi o escolhido para homenagear Francisco Prestes Maia porque é o menor deles e servirá de laboratório de um projeto. O anúncio será feito na terça-feira (7), às 11h30, pelo prefeito Marcelo Belinati, e pelo presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Tadeu Felismino.

Londrina vai ganhar o Parque Ecológico Francisco Prestes Maia.
Londrina vai ganhar o Parque Ecológico Francisco Prestes Maia. | Foto: Emerson Dias/N.Com

Prestes Maia foi uma pessoa notória em sua área. Foi duas vezes prefeito da cidade de São Paulo, nos anos 1930 e 1960, e um dos responsáveis pela consolidação da profissão de arquiteto e urbanista, ajudando a criar na maior cidade do Brasil o Plano de Avenidas de São Paulo. Também integrou a Sociedade de Arquitetura de Lisboa e a Sociedade de Arquitetos do Uruguai, onde publicou diversos trabalhos e foi professor universitário. Além do legado arquitetônico, Prestes Maia deixou um acervo de mais de 12 mil livros, que atualmente integram a Biblioteca Municipal Francisco Prestes Maia, em Santo Amaro (SP).

A homenagem ao arquiteto, urbanista e engenheiro civil visa marcar também os 70 anos da promulgação da Lei Municipal nº 133/1951, elaborada por Maia. A legislação foi uma das primeiras do Brasil preocupada com a proteção dos fundos de vales e a estabelecer as primeiras regulamentações sobre os loteamentos do município de Londrina. Um exemplo disso, foi a determinação da criação de uma faixa não edificável de 30 metros de ambos os lados dos cursos d’água e fundos de vale existentes no perímetro urbano. “Sem exageros, pode-se dizer que essa determinação legal, que foi adotada como padrão em todo o país 20 anos depois, nos anos 1970, salvou Londrina de um colapso urbanístico. Isso porque, a cidade foi projetada para ter 30 mil habitantes, mas atingiu essa população já em 1940, ou seja, apenas seis anos depois de sua fundação. Além disso, em 1951, a população de Londrina já era de 71 mil habitantes”, completou o presidente do Ippul.

Segundo Felismino, a Prefeitura de Londrina tem realizado um grande projeto de revitalização de toda a hidrobacia do Cambezinho, que vai desde seu início, nas proximidades da Sociedade Rural do Paraná, até o lago do Parque Municipal Arthur Thomas. “É um projeto que envolve a revitalização e o desassoreamento dos cinco lagos, que compreendem o do Parque Arthur Thomas, Lago Igapó I, II, III e IV, além de um que está nas proximidades da SRP dentro de uma propriedade particular. Isso vai trazer uma grande inovação, que são as soluções baseadas na natureza, para resolver o problema ambiental, usando mecanismos e fortalecendo as defesas naturais da própria natureza. Londrina já uma das pioneiras nesse projeto”, disse Felismino.

Além do anúncio feito pelo prefeito Marcelo Belinati, às 10h, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) promoverá o debate “Diálogos Urbanos 2021”, no auditório da Prefeitura de Londrina, que fica no 2º andar da sede administrativa (Av. Duque de Caxias, nº 635). O evento terá transmissão ao vivo pela internet, através da página do Ippul no Facebook (www.facebook.com/ippul.londrina). (Com informações de Ana Paula Hedler/N.Com)

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