A Kapa Construções, de Maringá, encaminhou um ofício nesta quarta-feira (12) à Prefeitura de Londrina comunicando que está interrompendo as obras do trecho 3 do Arco Leste, que compreende a ligação entre as avenidas José Ventura Pinto e Robert Koch, zona leste. O trabalho começou em dezembro do ano passado e a intenção do município é terminar tudo até outubro.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina: empresa anuncia paralisação de obras de trecho do Arco Leste
| Foto: Reprodução/Secretaria de Obras

O projeto inclui a construção de duas pistas duplas, canteiro central, sistema de drenagem, calçadas em ambos os lados, travessia sobre o Córrego do Limoeiro, com a construção de bueiro celular de 87 metros, a implantação de iluminação em toda a extensão da pista e uma rotatória na Robert Koch com a rua Nereu Mendes.

Os diretores da Kapa elencaram seis motivos para a suspensão do serviço. No ofício, eles afirmam que há "morosidade na elucidação de questões fundamentais". Dentre as principais reclamações, estão que foram feitas escavações superiores ao orçamento original sem acréscimo dos novos valores e defasagem na verba repassada pela prefeitura das medições. Entre o que foi pago e realmente executado, os maringaenses citam uma defasagem de mais de R$ 339 mil.

O documento é assinado pelo engenheiro civil Ergon Bueno. Procurada, a construtora disse que não vai se manifestar sobre a paralisação desta etapa do Arco Leste, que está dividido em cinco fases e vai interligar a BR-369 até a PR-445. Os trechos 2, 4 e 5 já foram entregues. O restante segue em execução. Segundo a administração municipal, o investimento total é de cerca de R$ 19 milhões.


O secretário de Gestão Pública de Londrina, Fábio Cavazoti, disse na tarde desta quinta que a administração municipal recebeu diversos pleitos da empresa contratada de alteração em parâmetros de medição da obra, dentre outros itens de caráter técnico de engenharia. Os pleitos estão sendo regularmente analisados e serão concedidos apenas nos casos em que houver previsão e conveniência legal.

Porém, não é dado direito ao fornecedor de suspender execução de contrato em razão da análise de documentos juntados pela empresa. "O Município avaliará as penalidades cabíveis caso a suspensão da obra venha a se confirmar pela empresa", alertou o secretário.


A administração municipal também solicita que a empresa dê sequência à execução do contrato, que está vigente, "a fim de evitar prejuízos à população".