Animais vítimas de maus-tratos poderão ser atendidos por clínicas veterinárias credenciadas pela Prefeitura de Londrina. Essa é a proposta da Sema (Secretaria Municipal de Ambiente), que vai abrir edital para os estabelecimentos interessados em atender animais de pequeno, médio e grande porte que forem resgatados na cidade.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina credenciará clínicas veterinárias para atender animais vítimas de maus-tratos
| Foto: Vivian Honorato/NCom

“Poderão participar as empresas que atendem aos requisitos do edital, como documentação, comprovação de possibilidade de realização dos procedimentos e funcionários”, explica Haroldo Belli, diretor da DBEA (Diretoria de Bem-Estar Animal).

As clínicas serão responsáveis por consultas, curativos, exames clínicos, internações, vacinação, vermifugação e cirurgias oftálmicas, buco-máxilo-faciais, traumáticas ou ortopédicas, entre outras, além de implantar microchip para identificação eletrônica dos animais e por elaborarem laudos dos procedimentos e prestarem contas.

Belli explica que as clínicas atenderão somente os animais encaminhados pela DBEA. “Não se trata de Hospital Veterinário Público para atendimento de todos os animais do município, mas sim para o atendimento de animais apreendidos por maus-tratos encaminhados pela Diretoria de Bem-Estar Animal”, afirma.

O credenciamento das clínicas não prevê um número máximo de empresas e que todas que cumprirem os requisitos estarão aptas para a assinatura do contrato. “O contrato terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado. O pagamento será realizado por animal e tipo de atendimento, de acordo com o edital”, afirma. A expectativa é que a clínica credenciada receba R$ 25 mil mensais, o valor muda conforme a quantidade de animais atendidos e procedimentos realizados e inclui mão de obra e materiais necessários.

Não há projeção de quantos animais serão atendidos, porque depende da demanda de denúncias de maus-tratos e necessidade de apreensão. “A DBEA trabalha com o objetivo de atribuir a responsabilidade ao próprio responsável pelo animal, ou seja, primeiro notificamos para que o próprio responsável leve seu animal para atendimento veterinário. As apreensões ocorrem em último caso, quando não há cumprimento da ordem e é necessário o socorro do animal imediatamente”, aponta.

O edital de credenciamento será liberado ainda este mês. “Para início do serviço, as empresas precisam apresentar a documentação, ser submetidas a avaliação documental e posteriormente assinatura do contrato. Aí então poderemos encaminhar os animais vítimas de maus-tratos apreendidos pela DBEA para atendimento”, explica o diretor. A proposta é que as clínicas atendam os animais recolhidos na mesma região.

SERVIÇO
Quem presenciar ou identificar qualquer tipo de maus-tratos a animais deve denunciar à Sema. Para isso, basta enviar uma foto ou filmagem do ocorrido para o WhatsApp (43) 99994-8677 ou para o e-mail [email protected]. Também é possível telefonar para o (43) 3372-4775 e fazer a denúncia.

BANCO DE RAÇÃO
Uma tonelada de ração para cães e gatos será distribuída ao longo das semanas para famílias vulneráveis de Londrina. A proposta é conduzida pela DBEA, da Sema. Serão contempladas 101 famílias cadastradas. “Por mais que seja uma doação muito significativa, ainda não é suficiente para atender a todos os cadastrados, por isso, a DBEA precisa fazer uma seleção dentre os mais necessitados no momento, conforme o número de animais que possuem e se já receberam doação do Programa anteriormente”, afirma o diretor.

O programa possui 182 protetores independentes, duas ONGs (Organizações Não-Governamentais) de proteção animal e 101 famílias. Os critérios para entrar na lista dos beneficiários estão dispostos no Decreto Municipal 1454/2018 e Portaria Municipal SEMA-GAB 2/2019.

“As Ongs constituídas deverão possuir um projeto de adoção de animais sob sua responsabilidade; Os protetores independentes deverão demonstrar que os animais sob sua responsabilidade participam de feiras de adoção, através de declaração assinada pelo organizador do evento e; as pessoas e/ou famílias em estado de vulnerabilidade alimentar e nutricional que possuam animais deverão possuir o Número de Identificação Social (NIS). Importante dizer que a DBEA está indo até a residência destas pessoas para analisar se realmente há necessidade, e se os animais estão em condições de bem-estar", afirma Belli.

SERVIÇO
Interessados em se cadastrar no Banco de Ração, podem buscar mais informações clicando AQUI.