O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (27) a estimativa da população brasileira de 2021. O levantamento apontou que o país alcançou a marca de 213,3 milhões de habitantes.

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. | Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

O Paraná, com quase 11,6 milhões de habitantes, segue como o quinto estado mais populoso, atrás de São Paulo (46,6 milhões); Minas Gerais (21,4 milhões); Rio de Janeiro (17,4 milhões) e Bahia (14,9 milhões).

O estudo estima que em um ano, Londrina ganhou quase 5.500 moradores, um crescimento de 0,95%. A elevação é a quarta maior entre as grandes cidades, atrás de Maringá (1,46%), Cascavel (1,12%) e de Ponta Grossa (0,98%). O crescimento de Londrina, no entanto, supera o de Curitiba, de 0,77%.

Curitiba, que teve o maior crescimento de habitantes em números absolutos, 15.100 moradores em um ano, segue como a oitava maior cidade do país e se prepara para entrar para a lista de cidades brasileiras com mais de 2 milhões de habitantes. Pela estimativa, a capital paranaense aparece com 1.963.726 moradores. Já a Região Metropolitana de Curitiba tem 3.721.769 habitantes, sendo a nona maior do país.

A RML (Região Metropolitana de Londrina) se consolidou entre as maiores do país, aqueles com população acima de 1 milhão de habitantes. Segundo a estimativa, são 1.130.766 moradores nos 25 municípios que compõem o território. As maiores altas na RML são de Tamarana (1,57%), Arapongas (1,39%), Rolândia (1,16%), Pitangueiras (1,10%), e Ibiporã (1,01%).

No ranking geral entre os 399 municípios paranaenses, os maiores crescimentos percentuais foram Tunas do Paraná (2,73%), Pontal do Paraná (2,19%), Mauá da Serra (1,79%), Itaipulândia (1,78%) e Cafelândia (1,77%).

Já nas primeiras posições em números absolutos, houve poucas mudanças: Curitiba, com 1.963.726 habitantes, Londrina: 580.870 habitantes; Maringá: 436.472 habitantes; Ponta Grossa: 358.838 habitantes; e Cascavel: 336.073 habitantes.

PERDAS

Já as maiores retrações populacionais foram registradas em Altamira do Paraná (-15%), Nova Cantu (-4,62%), Nova Tebas (-3,59%), Itaúna do Sul (-2,91%), e Janiópolis (-2,88%). A maioria dos municípios que encabeçam a lista dos que mais perderam população já apareceram nesta situação nos levantamentos anteriores.

O menor município paranaense continua sendo Jardim Olinda, que perdeu 11 moradores entre 2020 e julho deste ano. Porém, com o ritmo acelerado de perda de habitantes, o posto pode ser, em breve, ocupado por Altamira do Paraná. O município, segundo menos populoso, perdeu 253 moradores em um ano.

Como a população é um dos quesitos para repasses do FPM (Fundo Participação dos Municípios), alguns prefeitos questionam os métodos utilizados pelas estimativas. Com o novo adiamento do Censo, o IBGE teve que voltar a usar a estimativa para fazer o mapeamento da população brasileira.

Dos 399 municípios paranaenses, 180 perderam população. Em números absolutos, Pitanga foi que a mais perdeu moradores: 308 em um ano.

BRASIL

São Paulo continua sendo o município mais populoso do país, com 12,4 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,8 milhões), Brasília (3,1 milhões), Salvador (2,9 milhões) e Fortaleza (2,7 milhões). Dos 17 municípios do país com população superior a um milhão de habitantes, 14 são capitais. Esse grupo concentra 21,9% da população ou 46,7 milhões de pessoas.

Já o conjunto das 26 capitais mais o Distrito Federal supera os 50 milhões de habitantes, representando, em 2021, 23,87% da população do país.

Excluindo as capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos (SP), Campinas (SP), São Gonçalo (RJ), Duque de Caxias (RJ), São Bernardo do Campo (SP), Nova Iguaçu (RJ), São José do Campos (SP), Santo André (SP), Ribeirão Preto (SP) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

Com apenas 771 habitantes, Serra da Saudade (MG) é a cidade brasileira com menor população. Outras três também têm menos de mil habitantes: Borá (SP), com 839 habitantes, Araguainha (MT), com 909, e Engenho Velho (RS), com 932 moradores.

PANDEMIA

Segundo o IBGE, as estimativas populacionais não incorporam os efeitos da pandemia. "De acordo com o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes, principalmente entre idosos, e uma diminuição dos nascimentos. É possível que também tenham ocorrido alterações nos fluxos migratórios. As implicações disso no tamanho da população, contudo, serão verificadas a partir do próximo Censo Demográfico", pondera o IBGE.

"Como a pandemia ainda está em curso e devido à ausência de novos dados a respeito da migração, que juntamente com a mortalidade e fecundidade constituem as chamadas componentes da dinâmica demográfica, ainda não foi elaborada uma projeção da população para os estados e o Distrito Federal que incorpore os efeitos do contexto sanitário atual na população", disse, em nota, Minamiguchi. (Com Folhapress)

ATUALIZADA ÀS 18h55