Uma operação conjunta entre as policiais Civil do Paraná e Santa Catarina prendeu nesta quarta-feira (10), em Londrina, um homem apontado como líder uma organização criminosa especializada no crime de tráfico de drogas e mandante de homicídios na região Sul do País. Ele foi encontrado na casa da mãe. O bairro não foi informado. A ação cumpriu, no total, 29 mandados de busca e apreensão e sete de detenção.

O trabalho ainda teve o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. Foram vistoriados endereços de Londrina, Curitiba, Maringá, Colombo, Araucária, Piraquara e Pinhais, no Paraná, em Barra Velha, Santa Catarina, e no Paraguai.

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A investigação foi aberta em março do ano passado, após dois irmãos – que eram de Londrina, mas moravam no estado vizinho há seis meses - serem assassinados com diversos tiros, inclusive de fuzil, em uma casa alugada na Praia do Rosa, em Imbituba, Santa Catarina. O crime foi na frente das esposas e dos filhos das vítimas.

“Tivemos, pelo menos, cinco executores, sendo dois mandantes de Londrina, um deles recolhido no presídio, e o outro era o chefe da organização criminosa, aqui em Londrina. Também identificamos que um casal participou diretamente no duplo homicídio, incluindo a premeditação e o recolhimento das armas”, detalhou o delegado Juliano Baesso, que é de Imbituba.

Logo no início da apuração a Delegacia de Polícia de Imbituba, com o auxílio da Agência de Inteligência da Polícia Militar, conseguiu identificar que os autores tinham saído do Paraná em direção a cidade de Imbituba usando dois veículos.

Ainda durante as investigações foi constado que a mesma organização criminosa estaria por trás de outros homicídios que aconteceram em 2023 no Paraná, como em um caso em Londrina, com dois mortos em uma BMW no Arco Leste, em 19 de março de 2023, e outro no final de maio em Maringá (Noroeste).

BRIGAS INTERNAS

A operação Conexão” apreendeu diversas armas de fogo, celulares, carros e outros objetos de interesse para o inquérito. De acordo com o delegado, todas as mortes têm relação com divisões internas do grupo criminoso. “As vítimas de Imbituba faziam parte da organização criminosa e em algum momento houve uma briga. Percebemos que essa organização resolveu matar todos que desfiliaram-se, começando em Imbituba”, destacou.