Ladrões invadem a Apae de Cambará e levam fiação elétrica

A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Cambará, no Norte Pioneiro, está fazendo um levantamento dos prejuízos após criminosos terem invadido a instituição na manhã de domingo (26) para furtar a fiação elétrica. O material foi instalado recentemente no espaço, que passa por ampliação. De acordo com a presidente Kelly Cristina Souza Santos Marventa, toda a fiação elétrica custou aproximadamente R$ 6 mil, “mas também vamos levantar o quanto será necessário para recuperar parte do teto em gesso e de manta térmica, que foram destruídos. Imaginamos uma perda de R$ 20 mil a R$ 25 mil reais”, lamental.

A Apae atende 122 alunos no ensino fundamental e na EJA (Educação de Jovens e Adultos) e também em procedimentos pelo SUS, como fonoaudiologia, psicologia, neurologia, psicopedagogia, fisioterapia, entre outros. A instituição foi fundada em 1954 e é mantenedora da Escola Mensageiros de Luz.

“Nossa estrutura é antiga e estávamos precisando de novas salas. Utilizamos o espaço de uma quadra desativada para construir, com muito esforço, três banheiros e quatro salas que irão abrigar os alunos do EJA, uma brinquedoteca e duas salas de método para autistas”, comenta.

A presidente da Apae explica que a obra de ampliação foi possibilitada com parte da verba do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais) e pelas doações em dinheiro de toda a comunidade.

“Promovemos uma live com a banda Ferro Velho, em que arrecadamos pouco mais de R$ 10 milno mês de fevereiro, e um show de prêmios, levantando mais R$ 17 mil. Temos sempre que fazer eventos para poder comprar uma coisinha aqui, arrumar outra ali. Não temos a tranquilidade de fazer um projeto com recursos próprios porque sempre falta. Nosso caixa vive em sofrimento”, desabafa.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ

Marventa diz que essa não é a primeira vez que criminosos invadem a Apae e furtam materiais. Em 2020, foram levados materiais de educação física e ferramentas. “Teríamos que ter um muro, mas não temos verba para construção e nem para instalar algumas câmeras de segurança porque teríamos que trocar toda a fiação elétrica, de toda a estrutura”, diz.

Para evitar danos maiores, um segurança permanece na instituição até as 6h. Foi nesse intervalo, entre a saída do segurança e chegada de uma funcionária às 8h, que o furto aconteceu. Marventa explica que a instituição possui um seguro contra furto e roubo e que já está em contato com a seguradora para verificar a cobertura do plano.

“As pessoas que fizeram isso, na minha opinião, são desconexas da realidade do mundo. Ali tem trabalho e luta de muita gente. Estamos todos nos empenhando muito para terminar as novas salas. Eles não sabem o mal que fizeram", desabafa. Nas redes sociais, a Apae lembra que a receptação de objetos furtados é crime, conforme artigo 180 do Código Penal que prevê pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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