A Polícia Civil de Londrina já tem o retrato falado dos três homens que roubaram a joalheria Bergerson no dia 4 de setembro. Os desenhos foram feitos pelo Instituto de Criminalística (IC) e o índice de semelhança é de 80%. As descrições foram fornecidas pela gerente da loja, Ivete Alves Monteiro, e pelo subgerente, Antonio Roberto Torres. Foram eles que passaram a maior parte do tempo em poder dos ladrões. Ivete ficou com uma bomba amarrada ao abdômen por aproximadamente uma hora, enquanto o trio 'limpava' a loja. torres teve a família sequestrada até o fim da operação.
Segundo a delegada do 1º Distrito Policial, Waldete Testoni, os retratos serão enviados a São Paulo (capital) para confrontar com o 'book' de criminosos que passaram por lá. ''Os tickets de pedágio encontrados na camionete roubada do subgerente nos levam a crer que a quadrilha veio daquele Estado'', explicou a delegada.
Por enquanto, a polícia diz que não tem qualquer pista sobre o paradeiro dos ladrões muito menos das jóias. O perito criminal Marco Antonio Otta disse que os exames feitos em objetos recolhidos na loja e no cativeiro da família do subgerente apresentaram digitais legíveis. Porém, elas só serão úteis às investigações se a polícia tiver algum suspeito para comparar as impressões.
A diretoria da Bergerson em Curitiba, já fez o levantamento do prejuízo mas não vai divulgar o valor nem o número de peças roubadas. Segundo a assessoria de imprensa do grupo, a joalheria vai mudar o esquema de segurança nos 29 pontos de venda espalhados no Paraná e Santa Catarina. A gerente da loja de Londrina confirmou que a empresa pretende se mudar do calçadão da Avenida Paraná para o Shopping Catuaí, mas nega que isso tenha alguma relação com o roubo.
''Foi um crime planejado nos mínimos detalhes, realizado com muita tranquilidade na maior discrição'', comentou o delegado Márcio Vinícus Ferreira Amaro na data do crime.