A Justiça converteu de flagrante para preventiva a prisão de três pessoas suspeitas de envolvimento no latrocínio, que é o roubo seguido de morte, do advogado londrinense Hamilton de Melo, de 70 anos, que aconteceu na última sexta-feira (16). São dois homens, de 20 e 22 anos, e uma mulher de 24 anos. Um dos rapazes seria o responsável por tirar a vida do idoso e as outras duas pessoas teriam recebido dinheiro desviado da vítima.

Uma adolescente de 16 anos está apreendida. O corpo de Hamilton, que estava desaparecido desde o final da tarde de quinta-feira (15), foi encontrado em uma geladeira sem utilização nos fundos de uma casa, que funcionaria como mecânica, na rua Hermelindo Leão, na área central de Londrina. “Ele estava com um cordão de cobre no pescoço e uma faca cravada no pescoço”, afirmou o perito criminal José Denilson dos Santos.

Ao todo, sete pessoas foram encaminhadas à delegacia suspeitas de participação direta ou indireta na morte. Entre elas, três adolescentes. “Durante as diligências o veículo da vítima foi encontrado pela Polícia Militar no jardim Tropical, na zona norte - no início da tarde de sexta - com dois dos conduzidos e partir daí a investigação foi se desenvolvendo até encontrar o cadáver”, explicou o delegado Rafael Pinto.

A apuração da Polícia Civil apontou que o idoso conhecia uma das adolescentes, com quem supostamente teria um relacionamento amoroso. “O senhor Hamilton, segundo a própria investigada e a mãe dela, já conhecia ela de algum tempo. A partir desse contato ele foi atraído para o crime”, destacou.

Os criminosos teriam desviado cerca de R$ 40 mil das contas bancárias da vítima. “Uma das transferências foi feita para uma plataforma de jogos eletrônicos, baseada em apostas esportivas. O investigado nos mostrou, que posteriormente, iria passar para a conta pessoal dele, pois, se fosse descoberto a justificativa seria de ter ganhado o dinheiro em aposta”, relatou.

O corpo de Hamilton foi sepultado no fim de semana no cemitério municipal Padre Anchieta. Ele era irmão de um delegado aposentado que atuou na cidade. Londrina não registrava latrocínio desde 2022.