A Polícia Civil do Paraná prendeu um homem de 19 anos, morador de Santo André (SP), na manhã desta segunda-feira (10). Ele estaria envolvido no ataque ao Colégio Helena Kolody, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), no dia 19 de junho deste ano, e que resultou na morte do casal de namorados Karoline Verri Alves, 17, e Luan Augusto Silva, 16. Os adolescentes eram estudantes do colégio e foram atingidos pelos tiros disparados por um ex-aluno de 21 anos.

De acordo com a Polícia Civil, o rapaz participou ativamente do crime instigando o atirador a realizar o ataque. Contra ele foi cumprido mandado de prisão preventiva, sendo indiciado por homicídio qualificado. As investigações também identificaram que este rapaz era um agressor em potencial e poderia cometer seu próprio atentado no estado de São Paulo.

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A ação contou com o apoio da equipe do Ciberlab (Laboratório de Operações Cibernéticas), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência, Ministério da Justiça e Segurança Publica.

Dentro dessa investigação também foram presos, além do autor, um homem de 35 anos, um homem de 39 anos e um homem de 21 anos, os três em Rolândia (RML), e um homem de 18 anos de Gravatá, no estado de Pernambuco. O atirador, de 21 anos, foi preso e encaminhado à Casa de Custódia de Londrina, onde foi achado morto no final da noite do dia 20. As investigações seguem em andamento.

INVESTIGADOS

Conforme informações divulgadas em reportagens da FOLHA, o atirador, de 21 anos, foi preso no mesmo dia do crime e encaminhado à Casa de Custódia de Londrina, onde foi achado morto no final da noite do dia 20. Ele confessou em depoimento que a intenção era tirar a vida do maior número de pessoas e na sequência se suicidar, no entanto, não teria conseguido recarregar a arma para concretizar o objetivo. Declarou ainda que fez o ataque como vingança pelo suposto bullyng que sofria na época em que era estudante, há nove anos.

Ainda de acordo com a polícia, o rapaz de 21 anos, morador de Rolândia, teria auxiliado o assassino de forma material, vendendo uma beca – símbolo neste tipo de ação criminosa -, e o gravando no fim de semana antes dele invadir a escola, quando já fazia ameaças e avisado sobre o ato que iria cometer. Já o jovem de Gravatá foi apontado como o autor intelectual. “Os dois (atirador e jovem de 18 anos) se conheceram nas redes sociais e mantinham contato desde dezembro de 2021, quando o atirador (já com a ideia do ataque) começou a planejar e arquitetar o atentado. Este jovem de Gravatá instigou o atentado”, afirmou o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, em entrevista à FOLHA.

Os jovens de 18 e 21 anos foram indiciados por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas. (Com informações da Polícia Civil)