Jovem assume autoria da morte de coroinha em Irerê
Ele se apresentou à polícia e permanece apreendido no Censo de Socioeducação de Londrina
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 12 de março de 2025
Ele se apresentou à polícia e permanece apreendido no Censo de Socioeducação de Londrina
Jéssica Sabbadini - Especial para a FOLHA

Um jovem de 18 anos se apresentou nesta segunda-feira (10) na Delegacia de Homicídios de Londrina e assumiu a autoria da morte do coroinha Gabriel Fernando dos Santos de Lima, 17. O autor está apreendido no Cense (Centro de Socioeducação) de Londrina, já que na época dos fatos ele ainda era menor de idade.
Lima foi baleado na madrugada de Natal, no dia 25 de dezembro de 2024, enquanto dormia na casa em que vivia com a família no Distrito de Irerê, na zona sul de Londrina. Os familiares chegaram a levar o garoto até um hospital, mas ele morreu após dar entrada na unidade.
Advogada da família, Amanda Deliberador explica que não pode compartilhar muitos detalhes pelo fato de o caso correr em segredo de justiça, já que envolve menores de idade. O autor também apresentou a arma utilizada no crime.
Na época, a suspeita inicial já era de que o jovem teria sido morto por engano. A advogada garante que todas as pessoas que conheciam o jovem sabiam de sua boa índole, inclusive por ser um frequentador da igreja e assumir a função de coroinha. “Era um menino muito bom, que se destacava, ainda mais que a cidade era pequena, então ele era muito querido por todos”, afirma.
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Entretanto, a ampla divulgação do caso fez surgir algumas dúvidas e comentários maldosos, segundo Deliberador, o que teria chateado a mãe do jovem. “É muito bom poder vir a público hoje e confirmar que o filho dela não tem envolvimento com nada e que agora está mais do que provado que foi, realmente, por engano que mataram ele”, ressalta. A família do jovem disse que prefere não se manifestar.
CONFORTO PARA A FAMÍLIA
Ela reforça que a inocência de Lima é a única coisa que pode ajudar a trazer um pouco de conforto para a mãe e para a família. “É muito revoltante porque um rapaz se apresenta como autor do crime. Na época dos fatos faltavam dois dias para ele completar 18 anos. É, no mínimo, estranho e causa muita revolta na família”, destaca a advogada.
A principal revolta da família é, de acordo com Amanda Deliberador, o fato de o autor ficar pouco tempo apreendido e que logo deve ser liberado. Como no momento do crime ele era menor de idade, o jovem deve cumprir medida socioeducativa por, no máximo, três anos.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil que, em nota, confirmou que o jovem de 18 anos se apresentou e é investigado pelo homicídio. "Ele se apresentou na unidade policial nesta segunda-feira (10) e encaminhado a um Centro de Socioeducação."

