A inauguração do Ipec (Instituto de Pesquisa para o Câncer), em Guarapuava (Centro), pode promover um salto na pesquisa científica paranaense. O presidente do Ipec e coordenador do curso de medicina da Unicentro, David Livingstone A. Figueiredo, explica que o instituto nasce realizando não só pesquisas básicas, mas também as que trazem respostas rápidas, com soluções práticas e aplicáveis.

Imagem ilustrativa da imagem Ipec de Guarapuava quer elaborar mapa genético do Paraná
| Foto: Divulgação- Ipec

Embora o Ipec tenha sido criado com foco no câncer primário, o instituto atua em diferentes áreas, como oncogenética, neurogenética; doenças raras, cardiogenética, saúde e bem-estar. “Realizaremos pesquisas de doenças humanas como o Alzheimer, cardiomiopatias, câncer de próstata em jovens, etc. Vamos identificar quais os marcadores genéticos em parceria com instituições locais e de fora do País, como a Universidade de Illinois, dos EUA, e o Memorial Hospital, do Canadá”, afirma.

“Futuramente vamos elaborar o mapa genético do Paraná. Esse estudo populacional será inédito. Ninguém fez isso no hemisfério sul. Já fizeram estudos analisando genes de servidores, mas o sequenciamento populacional real, com amostras da população, possibilitará uma medicina de precisão. Será o projeto mais impactante e que ainda teremos de repassar algumas questões éticas antes de dar início”, observa.

Ele explica que o Ipec terá um braço, o Centro de Inteligência Artificial em Saúde,em parceria com centros do país, e que contará com um Living Lab (laboratório vivo), um grande local de testes. “A própria característica geográfica de Guarapuava ajudou nisso. Por não ter uma mobilidade tão grande como uma capital, Guarapuava possibilita a instalação desse tipo de estrutura”, se referindo ao fato de que a característica possibilita desenvolver e validar soluções em ambiente real.

O Ipec também poderá auxiliar nas pesquisas genéticas nas áreas de agricultura e pecuária. "Faremos pesquisas de melhoria de precocidade do Angus e um estudo de precocidade em cultivos de pinus", destaca Figueiredo.