Imagem ilustrativa da imagem Índice de infecção da Covid-19 é superior a 9% nos asilos em Londrina
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Desde o início da pandemia de coronavírus, Londrina já teve 55 idosos que vivem em instituições de longa permanência positivados para a doença. O índice de infecção é de 9,3%, levando em conta os 589 homens e mulheres que vivem em asilos na cidade. O percentual é acima do municipal, em que a taxa geral de contaminação está em 1,2%. São 19 casas de repouso, sendo três conveniadas ao município. No entanto, as confirmações se concentram em sete unidades.

Quinze idosos de casas de repouso foram a óbito em decorrência da Covid-19. Quatro deles nas últimas semanas. Segundo a prefeitura, dos 927 exames realizados em moradores e funcionários, entre o final de agosto e o começo de setembro, 37 deram positivo, sendo 30 de um único asilo. São 18 pessoas da terceira idade e 12 profissionais. Os idosos são o principal grupo de risco do coronavírus.

“Os funcionários cumpriram o período de isolamento domiciliar e já retornaram ao trabalho. Sete idosos (da mesma instituição) foram internados, em que quatro morreram e já compuseram o boletim (divulgado pela prefeitura). Três permanecem em internamento, em que um está na enfermaria, com alta programada, e dois na UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, explicou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.

Já os outros 11 internos da entidade com surto estão em isolamento na instituição, com quadro leve de sintomas, devendo sair da quarentena nos próximos dias. “Nesta instituição são três alas bem distintas e foi possível isolar a dois, com funcionários novos e profissionais de limpeza exclusivos para esta área”, destacou a secretária municipal do Idoso, Andrea Ramondini Danelon.

A responsável pela pasta ainda frisou que desde março, quando houve proibição das visitas presenciais nas casas de repouso, o trabalho com a Saúde tem sido intensificado, com acompanhamento diário de uma médica. “Fora a compra emergencial de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), no começo da pandemia, compramos R$ 430 mil em materiais, dividindo 75% para as instituições conveniadas e 25% para as particulares, com repasses mensais.”

CRESLON

No Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina), onde houve surto da Covid-19 recentemente, foram feitos mais de 425 testes. Em 138 pessoas foi detectada a presença do vírus Sars-CoV-2, sendo 128 apenados e dez servidores. O período de quarentena já terminou. “Estamos fazendo uma nova bateria de exame sorológico para saber como está. Não teve maiores problemas, todos assintomáticos. Um caso apenas teve que levar o interno para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), com sintomas leves”, apontou Felippe Machado.

CIRCULAÇÃO VIRAL

Já na Casa de Passagem Indígena, onde ficam os moradores da reserva Apucaraninha, 48 testes foram realizados, com 19 confirmações. O monitoramento terminou no último dia 5. Não foi preciso internamento. Uma índia grávida, que morava na localidade, faleceu no HU (Hospital Universitário). Na avaliação de Machado, os surtos em Londrina foram controlados, entretanto, o momento é de atenção.

“O momento é de maior circulação viral. Os números mostram isso. É a maior ocupação de leitos hospitalares que tivemos desde o início da pandemia, mas é um fator natural, por mais pessoas doentes. Por isso a importância da consciência dos cidadãos. O fato de as pessoas estarem cansadas e estressadas não faz a pandemia acabar e o vírus ‘ir embora’. Pelo contrário, faz circular de forma mais intensa”, advertiu.