Um incêndio em um depósito de produtos importados assustou os moradores do Calçadão de Londrina na manhã desta segunda-feira (9). Os bombeiros foram acionados às 5h30 e os vizinhos que vivem nos prédios ao lado, nos edifícios União e Salim Sahão, tiveram que sair por conta da fumaça. Uma senhora chegou a ser atendida pela ambulância do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) para ter acesso a oxigênio, mas foi liberada logo em seguida. Ao todo, 30 homens do Corpo de Bombeiros foram acionados para essa ocorrência.

Imagem ilustrativa da imagem Incêndio atinge depósito no Calçadão de Londrina; veja vídeos
| Foto: Lais Taine - Grupo Folha

Depois de sentir um cheiro forte de plástico queimado, José Fernando Silva, 59, olhou pela janela do 10º andar do Edifício União, em frente à Praça Gabriel Martins, e viu as chamas se espalhando pelo depósito. "Eu vi muita fumaça e barulho de coisas caindo no chão. Chamamos o bombeiro, o elevador estava funcionando, então nós saímos logo em seguida", relatou o morador.

"Eu acordei com um barulho, meu quarto fica bem em frente ao local onde estava acontecendo o incêndio, entre o hotel e a loja. A fumaça entrou no apartamento todo", falou Kátia Mansano, 39, que também reside no condomínio. "Os bombeiros bateram na nossa porta, pediram para a gente sair, porque a fumaça poderia fazer mal, então nós descemos", acrescentou.

De acordo com o capitão Rodrigo da Costa, do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros, as equipes foram acionadas às 5h30 e dois postos de atendimento (zona sul e central) saíram para a operação. “No local, tivemos dificuldade de acesso, iniciamos o combate pelo hotel ao fundo. Não sendo efetivo, nós buscamos outras alternativas, pelo Centro Educacional da avenida São Paulo e começamos a ter dimensão desse incêndio”, relatou.

Ao todo, 30 homens do Corpo de Bombeiros foram mobilizados, três viaturas de combate a incêndio tipo ABTR (Auto Bomba Tanque Resgate), um caminhão tanque de 30 litros e a plataforma de combate. Os hidrantes do Calçadão também foram utilizados e a equipe não pode dimensionar quantos litros de água foram utilizados .

O capitão afirmou que o local do incêndio é utilizado como depósito de artigos bastante diversificados, como vestuários, flores e brinquedos. “Bastante material plástico e artigos diversos, isso deixa o combate com cenário mais complexo. É uma área de cerca de 50 m², um depósito, tem uma fumaça bastante densa”, apontou. A estrutura de zinco ruiu e possibilitou o resfriamento por cima da edificação.

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| Foto: Lais Taine - Grupo Folha

Os vizinhos que vivem nos prédios ao lado do local de incêndio tiveram que deixar suas moradias. “Foi uma medida de prevenção, mas não existe risco nas edificações anexas", explicou o capitão. Não houve vítimas na ocorrência, mas a viatura do Siate estava à disposição. “Via de rega, nós trouxemos o apoio de uma ambulância caso fosse necessário a prestação de serviço de atendimento à população e até mesmo dos bombeiros que estavam realizando o combate.”

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| Foto: Lais Taine - Grupo Folha

Uma senhora de 89 anos precisou ser atendida. Maria Aparecida Mlzareck vive sozinha, mas tem acompanhamento de cuidadores. Ela faz o uso de oxigênio e precisou utilizar o serviço da ambulância assim que saiu do prédio, mas foi liberada logo em seguida.

O local foi isolado e os comércios do entorno ficaram fechados no início da manhã. A situação estava contornada por volta das 9h30, mas os bombeiros continuaram no local, retirando materiais combustíveis até que fosse cessada a fumaça.

(Atualizada às 11h:20)