Dois maiores de idade foram presos e dois menores apreendidos
Dois maiores de idade foram presos e dois menores apreendidos | Foto: Reprodução

Uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar foi desencadeada nesta terça-feira (5) em Londrina contra incendiários de ônibus do transporte coletivo. Entre setembro e dezembro do ano passado foram registrados três casos, todos na zona norte da cidade. Foram cumpridos 15 mandados, sendo oito de busca e apreensão, dois de prisão de maiores de idade e cinco de internação provisória de adolescentes.

Três menores de idade não foram encontrados e são considerados foragidos. A polícia acredita que eles estejam escondidos fora do município. As investigações apontaram que os ataques tiveram como motivação a morte de infratores, entretanto, em situações isoladas, sem uma relação. As apurações também identificaram que, apesar das ocorrências não se interligarem, tiveram o modo de agir semelhante e até uso de violência.

Todas as condutas dos alvos da operação foram individualizadas nos três inquéritos abertos. “Temos a pessoa que emprestou o carro, a que foi comprar gasolina, aquela que abordou o motorista do coletivo, quem emprestou a casa para que escondessem”, elencou, em entrevista à FOLHA, o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro.

VINGANÇA

O primeiro registro de incêndio criminoso em veículos do transporte coletivo aconteceu em 25 de setembro, no conjunto Farid Libos. Ribeiro afirmou que a atitude foi uma reação ao óbito de três infratores e por motivos diversos: Covid-19, overdose e execução. O segundo ocorreu em 2 de dezembro, no Luiz de Sá, como represália à morte de um rapaz num confronto com a companhia de Choque nas proximidades.

Já o terceiro é datado de 6 de dezembro, no Maria Cecília, e teria sido uma reação ao assassinato de um outro criminoso. “Foram jovens, ainda motivados pelos dois incêndios que aconteceram em datas próximas, e resolveram atacar outro ônibus, dessa vez com mais violência e emprego de arma de fogo. São mortes de pessoas ligadas ao mundo do crime. Os amigos, em atitude leviana e irresponsável, resolveram queimar coletivos em ‘vingança à sociedade”, destacou.

POLICIAMENTO

De acordo com o tenente-coronel Hilberaldi Correia de Lima, que responde pelo 2º Comando Regional de Polícia Militar, o policiamento foi reforçado na região norte para coibir novos atos. “Concomitante tivemos o trabalho da Polícia Civil, com o serviço de Inteligência da PM, para levantar dados que culminaram na ação desta desta terça, com apreensão de objetos que vão colaborar no decorrer das investigações”, pontuou.

CONTINUIDADE

O delegado-chefe disse que as investigações estão avançando e mais procedimentos podem ser efetivados. “Desde que aconteceu o primeiro episódio estamos trabalhando. Mas, para obtermos sucesso, as investigações têm que acontecer de forma velada. Vínhamos apreendendo materiais, prendendo pessoas. Quando conseguimos fazer apreensões e prisões e podemos expor isso, mostramos que o Estado estava agindo e, de forma legal, as pessoas com envolvimento estão sendo alcançadas”, frisou Ribeiro.

Atualizada às 12h52.