'Imperfeições' impedem liberação de ponte da Soiti Taruma

Após anunciar a conclusão da ponte da avenida Soiti Taruma, na zona oeste de Londrina, a prefeitura comunicou que obra não foi aceita pelo município. A inauguração aconteceu na tarde de quarta-feira (22), entretanto, fiscais da secretaria municipal de Obras e Pavimentação encontraram “imperfeições” nas juntas de dilatação da nova estrutura durante vistoria final para recebimento, na manhã de quinta-feira (23).

De acordo com o responsável pela secretaria, João Verçosa, a empresa que venceu a licitação, de Maringá (Noroeste), terá que refazer o serviço. “Vai precisar retirar e fazer de novo. É o mesmo trabalho que foi feito (em janeiro deste ano) no viaduto da PR-445 sobre a avenida Madre Leônia Milito”, exemplificou. No ano passado, este trecho do viaduto na zona sul da cidade apresentou rachaduras, recebendo intervenções mais significativas quatro meses depois.

A restauração na ponte não acarretará em gasto para o poder público. A edificação custou quase R$ 3 milhões, em recursos do Fundo de Saneamento Básico. Anteriormente, a projeção da prefeitura era de que a liberação da avenida acontecesse até esta quinta-feira. Entretanto, o novo prazo é o começo da semana que vem, dependendo do tempo da secagem do concreto que vai ser aplicado nas juntas.

“A nossa expectativa era que ia dar tudo certo, mas não deu. Isso é normal em obra, ter que refazer algum serviço. No caso da ponte não tem nada a ver com a segurança da obra”, garantiu Verçosa. “Daria para fazer liberando parcialmente, mas já que está bloqueado, vamos aproveitar para liberar tudo de uma vez”, justificou. O secretário ainda afirmou que foi feito o acompanhamento de todo o processo de construção pelos fiscais da pasta.

Junta de dilatação é o nome dado à divisão entre duas peças de uma estrutura. O objetivo é que estas partes tenham movimentação sem que exista contato, mantendo a “elasticidade” sem que sejam comprometidas. A obra da construção da ponte iniciou em junho de 2019 e o término em contrato seria fevereiro, no entanto, foi concedido aditivo de dois meses por conta de intercorrências geradas pela chuva.

A ponte foi edificada no lugar que existia um bueiro celular com aterro, que foi danificado pelas chuvas de janeiro de 2016.