A rede municipal de ensino de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) retoma às aulas nesta quinta-feira (4) e de maneira remota, assim como foi no ano passado, em razão da pandemia provocada pelo coronavírus. Até sexta-feira (5) as famílias deverão ir até os estabelecimentos escolares para entrega dos materiais. Já partir do dia 11 os pais deverão retirar as atividades impressas, focadas nas disciplinas de português e matemática, como uma espécie de reforço neste primeiro momento.

No mês de março está previsto o envio de videoaulas abrangendo todas as matérias e uma análise presencial de grau de conhecimento do aluno, que será feita pelo professor. O município tem cerca de 5,9 mil estudantes matriculados, mas a medida valerá para quem está na pré-escola dois e do 1º ao 5º ano do fundamental. “É uma avaliação diagnóstica da aprendizagem. Já em abril vamos fazer avaliação presencial do bimestre”, explicou Josilaine Amâncio Corcóvia, diretora da secretaria municipal de Educação.

Nas duas atividades que vão demandar a presença da criança na escola as famílias não serão obrigadas a enviar o filho. “Se o pai não autorizar, a criança vai receber de qualquer forma para fazer em casa”, garantiu. A programação foi chancelada por uma comissão formada para tratar do tema, que reúne representantes da Educação e secretaria municipal de Saúde, além de servidores.

Este mesmo grupo vai avaliar no final de abril a possibilidade da volta às aulas no formato híbrido. “O remoto teve boa receptividade dos pais, mas é complicado, porque muitos têm dificuldade de ensinar. Não é o mais adequado, mas é o que temos para o momento. A ideia com o híbrido é ir metade ou 30% dos alunos, dependendo do tamanho da escola, seguindo todas as orientações de segurança”, detalhou. São 29 unidades escolares. A adoção deste modelo deixaria de fora os menores do berçário e maternal.

LICITAÇÕES

Enquanto projeta o período que os estudantes vão poder frequentar as escolas novamente, a prefeitura está se preparando para este momento, com licitações para aquisição de insumos de higiene e prevenção contra a Covid-19, além de alimentos que fazem parte da merenda. Um edital de hortifrutigranjeiro já foi lançado e deverá ser publicado nas próximas semanas um outro, para compra de produtos que deram deserto e não tiveram interessados em outros certames.

O poder público ainda terá que fazer uma licitação para comprar alimentos que deveriam ser fornecidos por empresas que já tem vínculo com o Executivo, entretanto, não podem vender por estarem envolvidas na operação Pasteiros, deflagrada em dezembro do ano passado pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná). “Em março as crianças vão receber kit merenda”, destacou.