Imagem ilustrativa da imagem Ibiporã e Apucarana intensificam combate à dengue
| Foto: Gina Mardones 13/05/2019

As cidades de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) e Apucarana (Vale do Ivaí) estão com trabalhos reforçados contra a dengue. Enquanto a primeira entrou em estado de epidemia, a segunda registrou aumento considerável no número de casos em poucas semanas. Ibiporã está com 259 confirmações, todas autóctones, quando são contraídas no próprio município, e ainda tem cerca de 1.600 notificações em análise.

A quantidade de casos passou a crescer no final de março em Ibiporã. Os bairros com maior incidência de certificações da doença são os jardins Pérola, San Rafael, e Vila Esperança, com 81, 51 e 18 casos, respectivamente. “Na Vila Esperança são poucos confirmados se comparar com as outras localidades, porém são todos distribuídas em apenas três ruas, o que dá uma incidência muito grande”, destaca Vanessa Luquini, coordenadora de Vigilância Epidemiológica.

De acordo com ela, as equipes do setor de endemias intensificaram a atuação pelas ruas e orientação junto à população, para conscientização e remoção de focos. “Estamos tendo uma diminuição nas notificações, mas não de forma significativa. A temperatura está caindo, no entanto a circulação do vírus continua no meio ambiente. Acreditamos que os casos aumentem, já que ainda temos muitos notificados para constatar ou não a doença.”

Apesar da epidemia, a cidade não está podendo usar o fumacê. O Ministério da Saúde, que faz o repasse do inseticida para as secretarias estaduais, suspendeu o envio, pois o produto está em falta. A fornecedora do material recolheu 105 mil litros por problemas na fabricação. A expectativa é que um novo lote seja liberado em junho. “Os agentes de endemias estavam fazendo uso da bomba costal, o que não é mais possível pois depende do insecticida”, explica.

SEM FUMACÊ
Em Apucarana, boletim epidemiológico divulgado na semana passada mostrou 78 casos confirmados de dengue. O número mais do que triplicou em relação ao balanço anterior. Destes, 14 são importados. Ainda são 147 registros com suspeita. “Estamos numa região com muitas confirmações, como Londrina e o interior de São Paulo, que as pessoas viajam”, aponta Mauro Aguiar, diretor da Divisão de Endemias da Autarquia Municipal de Saúde. “Éramos para estar numa época de diminuição da circulação, contudo o frio demorou para chegar e não está com 'força total”, acrescenta.

Também sem poder utilizar inseticida pela falta de distribuição, o município tem apostado em mutirões aos fins de semana. “Antes mesmo da quantidade de casos aumentar já tínhamos fortalecido as ações, colocando o pessoal na rua. Temos tirado muito lixo, advertindo sobre o problema de reservatórios de água. Não adianta limparmos e depois jogarem lixo novamente, pois o local volta a se tornar foco”, observa. O bairro com maior incidência da doença é o jardim Marissol, com 29 casos, seguido do jardim Isabela (8) e Vila Regina (7).

Tanto em Ibiporã quanto em Apucarana estão circulando os sorotipos um e dois do vírus, sendo este último mais agressivo.