Ibiporã começa a recolher animais de grande porte soltos nas ruas
Empresa foi contratada por R$ 105 mil para retirar cavalos, bois e bodes nas áreas urbana e rural pelo período de um ano
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 08 de maio de 2023
Empresa foi contratada por R$ 105 mil para retirar cavalos, bois e bodes nas áreas urbana e rural pelo período de um ano
Pedro Marconi
Desde o último dia quatro de maio, Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) passou a oferecer serviço de recolhimento de animais de médio e grande porte na área urbana e rural da cidade. Segundo a secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, o município tem enfrentado problemas com o aparecimento destes animais soltos “em busca de comida ou novos pastos nas praças ou fundos de vale, que acabam revirando lixeiras e indo para as ruas e avenidas, oferecendo riscos de acidente.”
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A pasta também alertou que, normalmente, estes animais, como cavalos, bois e bodes, são deixados pelos donos amarrados no sol e sem água. “A contratação de empresa especializada na captura, transporte, alojamento e alimentação dos animais abandonados visa reduzir a permanência dos mesmos nas ruas, evitando assim, riscos à integridade física da população o e do próprio animal e a disseminação de zoonoses”, reforçou.
Uma empresa com sede em Cambé (Região Metropolitana de Londrina) venceu a licitação com a proposta de R$ 105 mil, cerca de R$ 85 mil a menos do que a prefeitura estava disposta a pagar. O contrato é pelo período de um ano. O atendimento deverá ser prestado 24 horas e todos os dias da semana, inclusive, sábado, domingo e feriados. O animal tem que ser retirado da rua no período máximo de uma hora após o chamado, que pode ser feito pela população.
ABRIGO
Os animais serão recolhidos sempre que houver constatação de abandono, ou de risco às pessoas, ou situações em que não seja possível identificar o proprietário. A expectativa é que sejam capturados, em média, seis animais por mês. A terceirizada terá que transportar os animais para um local na área rural, mas que a distância não ultrapasse 40 quilômetros de Ibiporã. O imóvel, alugado ou próprio, precisa contar com pasto ou estábulo, com abrigo para proteção do sol e da chuva.
Os bichos ficarão no lugar por até 30 dias, com todos os custos bancados pela empresa, a partir da verba pública. Depois deste prazo terão que ser devolvidos aos donos ou levados à leilão. Em caso de morte do animal apreendido a responsabilidade será da contratada, com exceção para os casos em que estejam com doenças pré-existentes. Entre os funcionários que a terceirizada teve que admitir para assumir o serviço estão motorista, auxiliar laçador, tratador e médico veterinário.
A população de Ibiporã que precisar relatar casos de animal de médio ou grande porte solto deve ligar nos telefones 43 3178-8400 ou 43 3178-8401, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O plantão é pelo número 43 98874-2400. A FOLHA tentou entrevistar o secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, no entanto, foi informada que ele cumpria agenda previamente marcada na área rural.
LONDRINA
Em Londrina, desde 2019 a prefeitura mantém o serviço para recolher animais de grande porte das ruas, avenidas e rodovias, fato que gerava muitos acidentes, principalmente, na região da PR-445. Quando é feito o recolhimento, os bichos passam por avaliação veterinária e, posteriormente, são encaminhados para doação.
A destinação é apenas para propriedades rurais regularizadas, instituições de ensino e centros de educação ou entidades que atuam no segmento de proteção animal. A criação de animais de grande porte pode ser feita somente na zona rural. A circulação de animais de grande porte é proibida via decreto, que regulamentou um artigo de Código de Posturas do Município.
Se uma pessoa ver um animal de grande porte em via urbana em Londrina deve ligar para a Guarda Municipal, pelo telefone 153, e informar o endereço da ocorrência. A corporação é que solicita o recolhimento junto à empresa contratada. A reportagem tentou contato com representantes da Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) sobre números de quantos animais foram apreendidos nos últimos quatro anos, porém, não obteve retorno até a finalização da matéria.
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