Maringá - A Secretaria de Saúde de Maringá e do Estado vão repassar medicamentos e materiais de consumo para um período de 15 dias ao Hospital Universitário de Maringá (HU), para evitar o fechamento imediato do Pronto-Socorro da instituição. A ajuda ao HU foi decidida ontem, em reunião realizada na Prefeitura, que contou com a presença de 20 representantes de vários órgãos municipais e estaduais.
De acordo com a reitora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Neusa Altoé, a medida é paliativa, mas o HU precisa de uma solução definitiva para continuar atendendo a comunidade. Segundo ela, o hospital apresenta um déficit mensal de R$ 70 mil e não tem mais condições de continuar o atendimento à população sem aumento no valor da verba repassada pelo governo do Estado.
Conforme a reitora, tanto o prefeito em exercício João Ivo Caleffi como o secretário municipal de Saúde, Paulo Roberto Donadio, confirmaram na reunião que estão investindo 35% da arrecadação do município em saúde. ''Falta o Estado e o governo federal também fazer o dever de casa e aumentar os recursos para a saúde'', disse.
Um novo pedido de socorro ao HU será feito na próxima semana, quando representantes dos órgãos municipais ligados à saúde e também lideranças políticas da região, deverão se reunir com o secretário de Saúde do Estado, Luiz Carlos Sobania, em Curitiba. O objetivo, conforme Neusa, é tirar do governo do Estado uma proposta de viabilidade do HU. Sobania esteve ontem de manhã em Maringá participando do 18º Congresso Paranaense dos Secretários de Saúde Municipais e aproveitou para visitar o HU. Ele confirmou presença na reunião com os representantes de Maringá na Prefeitura, mas não compareceu.
O secretário de Saúde de Maringá, Paulo Roberto Donadio, disse à Folha que além do repasse de medicamentos e materiais de consumo, a prefeitura também estará avaliando a possibilidade de colocar em dia o repasse dos recursos do HU. Atualmente, conforme Donadio, a prefeitura mantém sempre uma cota atrasada não só com o HU como também aos demais hospitais da cidade. Quanto à proposta do HU de encaminhar os pacientes de Pronto-Atendimento aos postos de saúde municipal, Donadio afirmou que no momento isso é impossível.