Os números mostram que Londrina caminha para um colapso na rede de saúde com o agravamento da pandemia da Covid-19. Nesta quarta-feira (3), o HU-UEL (Hospital Universitário) de Londrina, referência no atendimento de pacientes moderados e graves com a doença, informou que tem mantido uma média diária de 45 pacientes no aguardo de acesso à vaga de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto e que, neste momento, são 50 pacientes em espera de uma vaga.

Em nota, o Hospital se pronunciou sobre a morte de Margarida de Freitas Lopes, 49, de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). Por complicações da Covid-19, ela foi encaminhada para o HU, mas não resistiu à espera por um leito na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e faleceu na noite de domingo (28), conforme noticiado pela FOLHA.

A direção do HU afirma que a paciente foi assistida continuamente por equipes médicas, enfermagem, fisioterápica na permanência de sua internação no PS, recebendo todo o tratamento clínico necessário, de acordo com os nossos protocolos institucionais.

De acordo com o hospital, a paciente foi transferida via Samu, do Hospital São Rafael (Rolândia) ao PS (Pronto-Socorro) do HU-UEL, no dia 25 de fevereiro, às 21h29, com quadro de suspeita da Covid-19, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus tipo 2 e Dislipidemia.

"Foi prontamente atendida pela equipe multiprofissional do PS, sendo realizadas todas as ações para o tratamento do quadro clínico, como exames laboratoriais, coleta de material para pesquisa da Covid-19, realização de tomografia de tórax, medicações prescritas, eletrocardiograma, dentre outros e mantido à paciente oxigenioterapia por máscara de alto fluxo, devido seu esforço respiratório", diz a nota.

E completa que no dia 26 de fevereiro "foi confirmada a pesquisa, por meio do exame de RT-PCR (swab), sendo detectável para a Covid-19, mantendo toda a vigilância e os cuidados necessários, bem com a solicitação da vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia 27, houve a piora progressiva do quadro com o atendimento imediato da equipe médica e de outros profissionais de saúde da equipe multiprofissional, sendo realizada a intubação devido a piora do quadro respiratório, com início da ventilação mecânica, medicamentos e todas as outras condutas clínicas, por meio de protocolos assistenciais validados aos pacientes críticos assistidos no HU-UEL, independente do seu local de internação. Após todos os esforços realizados pelos profissionais, a paciente evoluiu ao óbito no PS, no dia 28 de fevereiro, às 20h40".

A direção do hospital finaliza ressaltando que "mantém seus profissionais treinados e atualizados de acordo com os protocolos assistenciais para assistência aos pacientes críticos em todas as unidades de internação, e reafirma sua missão na prestação dos cuidados em saúde com excelência, mesmo em momento adverso como a pandemia, se solidariza com a família enlutada e permanece à disposição para outros esclarecimentos que se fizerem necessários."