A violência praticada contra uma mulher grávida de oito meses e um menino de dois anos chocou a população de Paranavaí, região Noroeste do Estado. Rosângela Rodrigues Barro, de 23 anos, e seu filho Matheus Aparecido Adriano Couto foram agredidos brutalmente na madrugada de sexta-feira por Paulo Sérgio Rodrigues Gomes dos Santos. O menino foi arremessado contra um muro por diversas vezes e teve afundamento nos dois lados da cabeça e fraturas múltiplas nos ossos do crânio.
Para bater na ex-companheira que espera um filho seu, Santos utilizou um pedaço de madeira com prego na ponta. Rosângela está internada na Santa Casa de Paranavaí. Conforme as enfermeiras, o rosto ficou desfigurado por causa das pancadas. Os médicos monitoram a frequência cardíaca do bebê.
A situação mais grave é do menino Matheus, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Maringá. Ele está com traumatismo crânio-encefálico e lesão cerebral. O estado é considerado grave pelos médicos. Matheus passou por uma cirurgia para descomprimir o cérebro e respira por aparelhos. Segundo a assessoria de comunicação da Santa Casa, a violência contra Matheus causou comoção entre médicos e enfermeiros.
Segundo a polícia, o ataque contra os dois ocorreu na noite de sexta-feira. Santos teria ido até a casa de Rosângela que ao atendê-lo no portão, com Matheus no colo, foi surpreendida com a primeira paulada. A partir daí, Rosângela teria caído de barriga no chão e sofrido mais agressões. Conforme a polícia, em seguida, Santos pegou Matheus que estava no chão depois de ter caído do colo da mãe e o arremessou várias vezes de cabeça contra o muro da casa.
Santos está foragido. Ele teria sido visto pela última vez tentando visitar Rosângela no hospital na sexta-feira. Funcionários da Santa Casa contaram para a polícia que Santos se passou por tio e quando chegou no quarto, Rosângela entrou em pânico ao reconhecer a sua voz. Com a confusão, Santos conseguiu escapar.
Segundo um investigador da 16ª Subdivisão Policial de Paranavaí, parentes facilitaram a fuga de Santos. A polícia acredita que uma das rotas utilizadas por ele foi a de Paranavaí até Umuarama e depois para o Mato Grosso do Sul. ‘‘Estamos mobilizados para pegá-lo e podemos conseguir isso a qualquer momento’’, disse o investigador.