Hemocentro do HU de Londrina pede doação de sangue tipo O+ e O-

O Hemocentro Regional de Londrina (HU/UEL) informa que os estoques de sangue do tipo O+ e O- estão abaixo do ideal. Por conta disso, a direção está pedindo para que a população desse tipo sanguíneo agende um horário para contribuir com pacientes que precisam desse recurso. Atualmente, o Hemocentro do HU atende 22 hospitais do SUS que integram a 17ª Regional de Saúde.

“Nosso estoque está de 60% a 70% do ideal, tanto de O+, quanto de O-. Todos os grupos sanguíneos são necessários, mas já faz algum tempo que estamos com demanda maior por esse tipo”, menciona o Fausto Trigo, coordenador do Hemocentro do HU/UEL.

Por conta da pandemia, o hemocentro teve que reformular o sistema de atendimento, funcionando apenas com agendamento prévio, o que contribuiu com a queda do volume de doações. “Reduziu o número de doações, porque fisicamente o prédio comporta um número de pessoas que durante a pandemia precisa ser restrito. Nós já esperávamos uma queda de 20% do volume por essa questão do espaçamento e da preservação da saúde dos doadores e servidores”, aponta.

O médico hematologista explica que a redução das doações já estava prevista, mas como as cirurgias eletivas foram suspensas, é possível atender à demanda desde que o agendamento seja preenchido durante toda a semana, o que não ocorre. “A queda de doadores era prevista, mas aceitável, porque a demanda por sangue também reduziu durante a pandemia.

Agora, gradualmente, os hospitais passam a retomar as atividades, principalmente o HCL (Hospital do Câncer de Londrina). Se o agendamento for total, completo, mesmo com a redução esperada nós não teríamos problema”, avisa.

Por conta disso, o coordenador convida a população a aproveitar o período da pandemia, em que alguns trabalhadores estão com carga horária reduzida, para agendar doação durante a semana, com o propósito de preenchimento completo dos horários disponíveis para compor as estimativas. Ele avisa que com o sistema é possível ter previsibilidade de duração do processo, evitando tempo de espera nas filas.

Sobre a segurança, o hemocentro afirma que há todos os cuidados, como espaçamento entre cadeiras, janelas abertas, disposição de álcool em gel e com disposição de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) a todos os servidores. “O risco de contrair coronavírus no hemocentro é menor que na rua, porque a gente mantém normas restritas e isso dá segurança para que nosso servidor continue trabalhando. Nesse tempo todo, não tivemos casos de servidores com Covid-19 positivo e eles estão o tempo todo lá trabalhando”, menciona.

ATENDIMENTO

Os horários para a doação de sangue são: nos dias de semana das 13h às 18h30, e no sábado das 8h às 17h30, com agendamento prévio por meio do site: http://www.saude.pr.gov.br/doacao

O Hemocentro Regional fica em prédio anexo ao HU/UEL, na Rua Cláudio Donisete Cavalieri, 156. Mais informações no (43)3371-2356 ou no 3371-2218.

COVID

Cyntia Arrais, médica hematologista e hemoterapeuta da Fundação Pró-Sangue, e Denys Fujimoto, hematologista e diretor da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular), explicam que pacientes que tiveram Covid-19 também podem ser doadores.

Quem teve a doença precisa esperar um mês após estar recuperado e não ter mais sintomas para fazer isso. Já pessoas que tiveram contato com alguém doente ou estão com suspeita precisam aguardar duas semanas após o desaparecimento dos sintomas.

Segundo o Ministério da Saúde, qualquer pessoa entre 16 e 69 anos com bom estado de saúde e mais de 50 kg podem doar sangue. Menores de 18 anos precisam ter autorização dos responsáveis. Já os idosos só poderão doar se já tiverem feito isso antes dos 60 anos. É importante levar documento original com foto.

Arrais destaca que é necessário se alimentar adequadamente durante o dia da doação, incluindo antes da coleta. "São coletados exames obrigatórias para liberar a bolsa [de sangue] e as pessoas acham que precisam ir em jejum, mas não", afirma. Segundo a médica, mulheres podem doar sangue a cada três meses e homens, a cada dois. (Colaborou Larissa Teixeira - Folhapress)