Os professores e funcionários da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) que permanecem em greve também fizeram ontem uma panfletagem no centro de Cascavel para, mais uma vez, explicar à população os motivos que os levaram a paralisar as atividades desde o dia 17 de setembro. Além dos panfletos, os grevistas fizeram coleta de assinaturas que serão enviadas para a Assembléia Legislativa na tentativa de sensibilizar os deputados a aumentar o orçamento da universidade.
No final da tarde, entre 17 e 18 horas, a professora Rosana Quirino ministrou uma aula pública de redação aos vestibulandos. A aula realizada no salão comunitário da Catedral Nossa Senhora Aparecida serviu para a professora explicar aos candidatos os problemas enfrentados pela universidade e os riscos da realização do vestibular durante o período de greve.
Ainda ontem estava prevista uma reunião entre acadêmicos dos cinco campi e das duas extensões com o reitor em exercício, Wilson Iscuissati. Entretanto, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), que organizava a reunião, não conseguiu reunir um número satisfatório de alunos e decidiu cancelar. O objetivo dos alunos era cobrar do reitor uma posição sobre as moções aprovadas há mais de três meses durante uma assembléia geral realizada em Toledo e que ainda não foram encaminhadas.
Já os alunos que deveriam se formar no final deste ano começam a sentir os reflexos da greve. Um total de 1.342 estudantes, de 27 cursos diferentes, tiveram suas formaturas que aconteceriam em dezembro canceladas em decorrência da suspensão do calendário acadêmico. As formaturas marcadas para fevereiro de 2002, ainda estão com as datas mantidas. As colações de grau podem acontecer desde que as aulas voltem à normalidade e o calendário seja restabelecido.