Um guarda municipal foi afastado provisoriamente para investigação da Corregedoria, que apura envolvimento do agente em uma confusão com um ambulante no Centro de Londrina, na manhã de quinta-feira (13).

O episódio aconteceu durante uma fiscalização da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) contra o comércio ambulante ilegal. Equipes da GM participaram da ação e um dos guardas acabou entrando em conflito com uma vendedora ambulante.

A cena foi gravada por populares e "viralizou" nas redes sociais e grupos de mensagens. Nas imagens, o agente aparece empurrando a mulher e um idoso, apontado como pai dela. A situação ocorreu na calçada da rua Professor João Cândido.

O secretário municipal de Defesa Social, coronel Pedro Ramos, falou com a imprensa nesta manhã e enfatizou que é responsabilidade da pasta juntar todas as provas e apurar os fatos.

“Não podemos comprar apenas uma parte do que aconteceu no local como única verdade dos fatos. Estamos levantando outros vídeos feitos também por agentes da Guarda e vamos encaminhar essa documentação para a Corregedoria (da Guarda Municipal). Se houve uma conduta delitiva por parte do guarda isso se constituirá em provas e será usado no processo para responsabilizar aquele que eventualmente é culpado nesse episódio”, afirmou.

Segundo a versão dos fiscais da CMTU, a ambulante estaria com três carrinhos de legumes e verduras e acabou virando-os para ganhar a atenção das pessoas no entorno e evitar que os produtos fossem recolhidos. Ao virar o terceiro carrinho, o agente teria sido atingido.

“A partir daí é que se tem o vídeo do guarda devolvendo esse empurrão. Até esse momento não houve agressão. Vamos avaliar agora é se durante esse conflito, houve atitudes agressivas de ambos. Não é o padrão de trabalho que a gente espera da Guarda Municipal e é por isso que estamos juntando provas e tudo será rigorosamente apurado”, comentou.

Ramos diz ainda que durante a confusão a mulher teria ameaçado com faca uma funcionária da CMTU, que acabou registrando um B.O (Boletim de Ocorrência).

CMTU

A fiscalização da CMTU tinha como foco os comerciantes que não possuíam alvará para a atividade ou vendiam produtos em desacordo com a legislação. Por nota, o órgão destacou que "a venda ambulante ilegal constitui concorrência desleal aos que lutam todos os dias para se manter dentro da legalidade, seja comerciante de lojas físicas e o ambulante que atua nas ruas legalmente."

A CMTU se colocou à disposição para atender todos que querem trabalhar legalmente. Para se regularizar, o comerciante deve protocolar o pedido de credenciamento na Companhia. O órgão lembra ainda que artigos como capinhas para celular e cigarro, por exemplo, são vetados pela lei.

"Já frutas, legumes e verduras têm previsão legal, mas a obtenção da autorização está condicionada, entre outros fatores, ao ponto de venda em que o interessado deseja trabalhar bem como o devido acondicionamento."