A Associação Londrinense de Judô e o 5º Batalhão da Polícia Militar, firmaram ontem uma parceria que vai proporcionar a 120 meninos do Programa Cidadão Mirim, desenvolvido pela PM, a oportunidade de praticar o esporte. Os meninos do Programa Cidadão Mirim vão se juntar a outros 235 garotos, entre 4 e 17 anos, que participam do projeto Futuro Judô, desenvolvido pela associação e pela Prefeitura de Londrina.
''A Polícia Militar tem sido muito criticada ultimamente, e esse trabalho, o Cidadão Mirim, é maravilhoso, fazem um projeto muito legal com essas crianças. Essa parceria também é muito importante porque ficamos mais fortes para conseguir patrocínios'', comemorou um dos idealizadores e coordenadores do Futuro Judô, Marcelo Missaka. O Programa Cidadão Mirim começou em abril e organiza atividades com os garotos de 8 a 13 anos para retirá-los das ruas oferecendo atividades recreativas, religiosa, acompanhamento psicológico e a prática de esporte.
A parceria foi assinada durante o primeiro festival promovido pelo projeto Futuro Judô, no Colégio Marista. Os atletas dos quatro pólos onde as aulas são ministradas (Cafezal 4, Vila Siam, Jardim Nossa Senhora da Paz e Conjunto Maria Cecília) disputaram o campeonato divididos em 50 categorias. ''Queremos fazer com que eles saiam do lugar onde moram e possam aproveitar de tudo que a cidade pode oferecer. Às vezes possamos até fazer uma atleta de nível, que não vai querer fumar, beber, devido as competições'', disse Missaka. Com os 120 novos alunos, outros três pólos serão criados: na Vila Recreio, Jardim Interlagos e 5º Batalhão.
O Futuro Judô, que iniciou suas atividades em 99 já está colhendo bons frutos. A atleta Daiane Nascimento, 16 anos, que pratica o esporte há 11 meses, é a atual campeã paranaense na categoria juvenil/peso pesado, terceiro lugar no Sul Brasileiro e quinta colocada no Campeonato Brasileiro, realizado na semana passada em Goiânia.
Apesar dos bons resultados, o projeto têm dificuldades financeiras. ''Temos estrutura para aumentar o número de alunos, mas faltam quimonos. Quem puder doar pode ligar 9991-6394'', pediu o professor.