Moradora do distrito de Guairacá, a agricultora aposentada Olimpia Bedetto Moreira acordou cedo nesta segunda-feira (9) para pegar três ônibus e chegar no horário marcado para retirar medicamentos na Farmácia Municipal de Londrina. No entanto, ao chegar encontrou o lugar fechado para o público. “Vou ter que voltar na terça-feira (10). Pego remédios para mim e para outras pessoas da comunidade. Para não perder viagem, vou buscar alguns medicamentos na farmácia do Estado”, relatou.

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A aposentada foi uma das 400 pessoas prejudicadas neste início de semana com a suspensão do atendimento na farmácia do município após uma invasão registrada entre sábado (7) e domingo (8). Ao chegar para trabalhar, nesta segunda, os servidores encontraram a porta da frente, na alameda Manoel Ribas, centro, arrombada. Os bandidos furtaram duas televisões, quatro computadores, um frigobar e a suspeita é de que também tenham levado remédios controlados.

A expectativa é de que o estabelecimento volte a funcionar normalmente até terça-feira. “Como medida emergencial estamos fazendo o inventário de medicamentos para ver quais e quantos foram furtados”, afirmou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde. O prédio não conta com câmeras de segurança. “No entorno têm as câmeras da GM (Guarda Municipal), entramos em contato com a corporação. Também fiz contato com o comando do 5º Batalhão da Polícia Militar para que consigamos identificar os autores e os puni-los.”

A situação gerou preocupação e gastos para pacientes que dependem dos medicamentos retirados gratuitamente na farmácia. O mecânico de manutenção industrial aposentado Nivaldo Vinhoto, por exemplo, foi buscar remédios para o filho, que já estava há dois dias sem. “Vou ter que comprar, porque não dá para esperar. Ele saiu do emprego faz pouco tempo e agora esse gasto”, lamentou.

Machado disse que pediu reforço no patrulhamento da Guarda Municipal após a invasão. “Tivemos essa conversa com o coronel Pedro Ramos (secretário municipal de Defesa Social), em especial nos próximos dias, porque sempre identificamos que logo após o primeiro furto, normalmente esses marginais voltam para levar o que não conseguiram. Estamos avaliando também outras medidas de segurança para serem implementadas”, destacou.

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