Funcionários do transporte coletivo de Londrina estão votando nessa quinta-feira (16) a proposta apresentada pela TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e a Londrisul. A assembleia começou por volta das 5h, nas garagens, e deve terminar às 18h no terminal central, onde será feita a contagem dos votos. As urnas também estão sendo levadas nos terminais de bairro.

Imagem ilustrativa da imagem Funcionários do transporte votam em assembleia que pode afastar indicativo de greve
| Foto: Pedro Marconi - Arquivo Folha

A oferta das empresas tem quatro pontos: reajuste de 9% do piso salarial; incremento de 20% no valor do ticket alimentação, que passaria dos atuais R$ 375 para R$ 450; renovação do PPR (Programa de Participação em Resultados) para 2021, com pagamentos em junho e dezembro; e renovação integral das demais cláusulas do acordo e convenção coletiva de trabalho para o ano que vem.

Na avaliação de José Aparecido Faleiros, presidente do Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina), o que foi oferecido atende as demandas da categoria. “Tivemos várias rodadas de negociação, sendo três com ata e outras conversas sem atas lavradas. Tivemos participação importante da prefeitura (nas discussões) e também da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). Percebemos que a categoria ficou contente com o que foi apresentado”, elencou.

Caso a proposta seja aprovada, o indicativo de greve será afastado e Londrina deverá terminar 2021 com os ônibus rodando normalmente, após um início de ano conturbado com paralisações. “Poucos trabalhadores estão votando contra. Por conta do momento que estamos vivendo foi uma boa negociação. No entanto foi difícil. A última reunião, por exemplo, teve 12 horas de duração”, destacou.

Faleiros ainda comentou que o reajuste, somado ao ticket, representa a perda com a inflação e não o aumento real no ganho dos funcionários do transporte público. “No próximo ano deveremos buscar renovar as conquistas históricas da categoria, que são piso salarial, jornada de seis horas, ticket alimentação, PPR, que antes era pago como anuênio. Tivemos perda de massa salarial em 2021 e iremos buscar isso também no ano que vem.”

Com o que foi sinalizado no documento assinado pelo sindicato e concessionárias, o salário de um motorista deverá passar, por exemplo, de R$ 2.807 para R$ 3.060.

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