Imagem ilustrativa da imagem Funcionários decidem manter greve no transporte coletivo de Londrina
| Foto: Gina Mardones/Grupo Folha

Trabalhadores do transporte coletivo resolveram, durante assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (4), manter a greve. Foram 292 votos contra a proposta apresentada pela TCGL (Transportes Coletivo Grande Londrina), responsável por 85% das linhas que circulam na cidade, e 104 a favor. A empresa já entrou com pedido judicial para interromper a paralisação.

Logo nas primeiras horas do dia, os funcionários se aglomeraram na frente da garagem da TCGL. Durante toda a tarde desta quarta, a firmação de um acordo mostrou-se infrutífera na Justiça do Trabalho.

O presidente do Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário), João Batista da Silva, afirmou que "as tratativas regrediram".

Nesta quinta, os trabalhadores fazem uma consulta para ratificar a continuidade ou não da greve. Em nota enviada à imprensa, a assessoria da TCGL informou que "apresentou ao sindicato dos trabalhadores uma proposta com condições ainda melhores que a da outra empresa já assinou o acordo coletivo".

Imagem ilustrativa da imagem Funcionários decidem manter greve no transporte coletivo de Londrina
| Foto: Gina Mardones/Grupo Folha

A instituição continua dizendo que "diante das condições da proposta listadas acima, não há motivo algum para a categoria entrar em greve. Inclusive o juiz Carlos Augusto Conte ainda registrou em ata o pedido ao Sinttrol para que leve em consideração a realização da Exposição Agropecuária de Londrina". A feira começa nesta sexta e vai até 15 de abril.

Com a categoria de braços cruzados, os ônibus permaneceram na garagem da Grande Londrina, na Vila Recreio, região central.

Procurada, a assessoria de imprensa da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) informou que não vai se pronunciar sobre a paralisação. Dos 306 veículos da TCGL, apenas seis rodam pelo município, como aqueles que fazem os itinerários durante a madrugada.

O vendedor Ricardo Gonçalves Rodrigues veio da zona sul, com um ônibus da Londrisul e, como sabia que a greve seria parcial, achou que alguns ônibus da Grande Londrina estariam circulando.

"Os motoristas estão querendo os direitos deles, mas tem os dois lados. Prejudica muito a população. Poderiam manter alguns ônibus circulando.", disse.

A professora Renata Oliveira e a dentista Marjorie Takai esperavam um ônibus no centro que as levasse para a zona norte, onde trabalham.

"Ouvi dizer que os ônibus da Grande Londrina não pararam totalmente e estou aguardando. Se não passar, vou ter que ir de Uber. São 14 reais. Mas depois tenho que mudar de escola e, para voltar para casa, teria que chamar outro Uber. Não posso ficar pagando", disse Renata

Marjorie acompanhava pelo aplicativo o movimento dos ônibus. "Estou vendo se vem algum, mas acho que não.

O jeito é chamar o Uber. Já avisei no trabalho que vou chegar mais tarde.", ponderou. Quase ninguém circulava pelos terminais de bairro, como o Milton Gavetti e Vixi Xavier, na zona norte.

Imagem ilustrativa da imagem Funcionários decidem manter greve no transporte coletivo de Londrina
| Foto: Gina Mardones/Grupo Folha

(com informações dos repórteres Pedro Moraes e Simoni Saris, da Folha de Londrina)