Os funcionários da Santa Casa de Foz do Iguaçu realizaram uma ‘‘greve relâmpago’’ ontem, parando o atendimento por duas horas. Os servidores que trabalham no hospital protestaram porque nos últimos cinco anos não estaria sendo depositado o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A manifestação ocorreu entre sete e nove horas e, nesse período, apenas os setores de emergência e UTI funcionaram normalmente.
Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Foz e Região (Sindisaúde), que representa os 400 funcionários da Santa Casa, querem que seja definida a regularização de quase 170 auxiliares mantidos sem carteira assinada. ‘‘A diretoria e o prefeito (Sâmis da Silva) pediram para aguardarmos até o início da semana que vem. Se não houver definição, teremos uma assembléia para discutir se entramos ou não em greve’’, disse o presidente do Sindisaúde, Antonio Marcos Antonio de Oliveira.
A Santa Casa está sob intervenção da prefeitura de Foz desde 1998, mas a crise vem piorando nos últimos seis meses. Em fevereiro deste ano, prédio e equipamentos, avaliados em R$ 7 milhões, chegaram a ser oferecidos em leilão mas não houve interessado em adquirir os bens.
As paralisações no atendimento são frequentes desde a greve geral realizada em outubro do ano passado, época em que os funcionários protestaram contra salários atrasados e a desativação de 40 dos 150 leitos destinados aos atendimentos pelo SUS, determinada pela prefeitura.