As obras de revitalização do Aterro do Lago Igapó , na região central de Londrina, estão em plena fase de execução, no entanto frequentadores do espaço deram sugestões para melhorar ainda mais o projeto.

A reportagem esteve na área de lazer no domingo (9) à tarde. O empresário Cledimar Luciano Bertão, 52, trafegava de bicicleta e sugeriu que a ciclovia, localizada nas ruas Joaquim de Matos Barreto e Bento Munhoz da Rocha Neto, acompanhe a pista de caminhada que foi movida para a parte interna do aterro, em vez de dividir a pista com os automóveis. “Eu prefiro entrar na parte interna do aterro. Acredito que mesmo com a divisão da pista com tachões já havia o risco de um motorista perder o controle e acabar atingindo um ciclista. Para mim, com as floreiras no lugar dos tachões como divisórias não são interessantes”, declarou.

O empresário Cledimar Luciano Bertão, 52, foi ao local para andar de bicicleta e sugeriu que a ciclovia  acompanhe a pista de caminhada que foi movida para a parte interna do aterro.
O empresário Cledimar Luciano Bertão, 52, foi ao local para andar de bicicleta e sugeriu que a ciclovia acompanhe a pista de caminhada que foi movida para a parte interna do aterro. | Foto: Vítor Ogawa - Grupo Folha

Para o ajudante geral aposentado, Reginaldo Pereira dos Santos, 44, o que mais o preocupa em relação a essas obras de revitalização do aterro está relacionada às enchentes nos dias de chuva. “A prefeitura precisa aprofundar ainda mais o leito do córrego que passa aqui e fazer o mesmo no córrego que passa do outro lado do aterro. As águas das chuvas que vêm do bairro de cima acabam desembocando tudo para cá. Eu mesmo já vi a água chegar até o balcão do bar que tem em frente daqui”, se referindo a um estabelecimento na rua Joaquim de Matos Barreto. Ele ressaltou que em dias de chuva forte os carros não conseguem nem passar na rua. “Eu moro aqui perto e isso é o que me afeta mais”, declarou.

O pedreiro Sidney Freitas, 61, relata que, no geral, as reformas têm ficado boas. “Faz tempo que não venho aqui e vejo que está ficando mais organizado. Antigamente o aterro era abandonado, mas para a reforma ficar boa a prefeitura precisaria colocar uma carreira de bancos de concreto debaixo das árvores, beirando o córrego, e se colocar mais iluminação também ficaria melhor”, declarou.

O ambulante Luiz Aparecido de Souza acha que melhoria pode refletir nas suas vendas.
O ambulante Luiz Aparecido de Souza acha que melhoria pode refletir nas suas vendas. | Foto: Vítor Ogawa - Grupo Folha

sanitários e torneiras

Para quem trabalha com food truck no aterro, uma das reivindicações é a instalação de sanitários fixos no local. Segundo o autônomo Doug Correa, 42, que comercializa churros e pipoca no local, essa é uma das maiores demandas tanto para quem trabalha no espaço quanto para quem é frequentador. “Aqui chega a juntar de 3 mil a 5 mil pessoas em um fim de semana normal, sem evento e em geral vêm famílias, com muitas crianças”, justificou. “E também precisa de algumas torneiras, para que as pessoas possam lavar as mãos e dar água para seus animais de estimação”, destacou. Ele ressaltou que a implantação da pista de caminhada e da iluminação está ficando muito boa, mas espera que essas melhorias sejam implementadas pela prefeitura.

Já o ambulante Luiz Aparecido de Souza, 57, que está há 8 meses comercializando caldo de cana e água de coco no local, diz que as reformas já estão animando seus clientes. “O pessoal que frequenta aqui acha que o espaço vai ficar bom e tudo isso pode ter reflexo nas minhas vendas. Acho que vai ser melhor para mim”, declarou.

CUIDADOS

Durante as obras no Aterro do Igapó é preciso redobrar a atenção, já que o local está com valas para a implantação de eletrodutos. Também há desníveis na nova pista de caminhada, porque o piso tátil ainda não foi todo implementado. Isso vale também para áreas onde há brinquedos infantis e uma academia ao ar livre.

A remoção dos tachões da ciclovia também inspira cuidados, uma vez que automóveis passaram a circular no espaço que estava dedicado às bicicletas. Neste domingo, sinalizações provisórias que foram colocadas para delimitar a ciclovia foram removidas, o que fez com que automóveis voltassem a circular na faixa outrora exclusivas para bicicletas.

180 DIAS

As obras de revitalização do Aterro do Igapó tiveram início no dia 15 de agosto deste ano, com previsão de término para o dia 13 de fevereiro de 2023. De acordo com o projeto, os equipamentos existentes serão reformados, com novos parquinhos, academias, calçadas; as pontes serão substituídas, terá iluminação e sinalização novas, e instalado totem. Os tachões da ciclovia serão substituídos por floreiras, a exemplo do que ocorreu no entorno do Lago Igapó 2. As novas calçadas terão acessibilidade e passarelas.

O projeto contempla novo mobiliário urbano feito com concreto armado e pintado, a substituição das pontes de madeira por novas de alvenaria, a sinalização da ciclovia e das ruas do entorno e a instalação de iluminação em LED. A Prefeitura de Londrina investirá R$ 1,2 milhão dos cofres públicos. A empreiteira vencedora da licitação foi a Urban Green Serviços Urbanísticos Ltda.

O secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, disse que o projeto de revitalização já está definido e não tem como incorporar as sugestões dos frequentadores. Disse, porém, que os pedidos serão anotadas e futuramente podem ser avaliados.

¨¨

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1