Apesar do pouco tempo da formação do grupo na rede social WhatsApp, vários comerciantes já precisaram fazer uso do "Centro Seguro". Um dos últimos casos aconteceu no dia 4 em uma loja de aviamentos na rua Pernambuco. Uma cliente teve a carteira furtada enquanto aguardava na fila do caixa para pagar. "Chegou na vez dela fazer o pagamento e não encontrava a carteira. Procuramos em vários lugares e não achamos. Resolvemos buscar as imagens da câmera de segurança", relata uma funcionária do estabelecimento, que preferiu não se identificar.

Na filmagem foi identificado que a carteira caiu no chão e uma outra cliente, que estava atrás na fila, furtou. "A polícia orientou a vítima a ligar no 190 para ter o registro. Eu mandei o vídeo com a cena no grupo e cerca de dez minutos depois a mulher que furtou foi presa a poucos metros da loja. Os documentos ela se desfez, mas o dinheiro conseguiu ser recuperado e foi devolvido. Foi mais rápido do que imaginava", descreve. "Antes só via que mandavam mensagens, agora passei a reparar porque percebi que é importante."

A principal reclamação de comerciantes e funcionários é que os furtos, na maioria das vezes, são constatados muito tempo depois de terem acontecido. "O fluxo de pessoas é muito grande e temos muitos objetos pequenos e que acaba sendo fácil pegar. A pessoa coloca na bolsa ou esconde em sacolas e não dá nem para ver. Infelizmente estes registros existem e quem trabalha precisa ficar de olho para não virar vítima também. Quanto mais ações para oferecer segurança melhor", analisa a vendedora de uma loja de roupas na rua Sergipe, que pediu para não ser nomeada.

Se deslocando pelo centro pelo menos uma vez por semana para fazer compras ou pagar dívidas, o professor aposentado Angelo Limeira pede mais policiamento na área durante o final de tarde. "Quando o comércio está para fechar o movimento de gente aumenta, o que pode oferecer mais chance para criminosos agirem. Nunca fui roubado, porém em janeiro de 2018 meu filho comprou um sapato e quando deixou a sacola no banco para atender o telefone pegaram e levaram. Era por volta das 17h30. A segurança tem que ser dentro e fora das lojas", opina. (P.M.)