Paulo Henrique Faria
De Londrina
Especial para a Folha
O incêndio que na segunda-feira à tarde havia destruído uma fábrica abandonada de tintas localizada na Avenida das Maritacas, Conjunto Eucaliptos, zona leste de Londrina, recomeçou na manhã de ontem. ‘‘Nós nem dormimos durante a noite e, quando conseguimos aliviar a tensão por causa do susto, começou tudo de novo’’, lamentou Belmiro Amaro, um dos dez moradores da casa que fica no terreno da fábrica. Ninguém se feriu e nenhum responsável pelo local apareceu.
O Corpo de Bombeiros ainda não sabe as causas do incêndio. Para acabar com o fogo, eles tiveram que abafar com terra os tambores de tinta seca, já que a água apagava o fogo superficialmente mas não chegava na brasa que estava dentro dos latões. Para isso, uma empresa particular enviou uma pá-carregadeira ao local e às 14 horas a situação já estava totalmente controlada.
Segundo vizinhos, havia falhas de armazenamento do material, que estava jogado em um terreno baldio. Eles se queixam que não foi feita nenhuma vistoria de prevenção e que os tambores deveriam estar num galpão coberto e autorizado pela prefeitura, com extintores.
O Corpo de Bombeiros enviou, ainda na tarde de ontem, um ofício ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O presidente da Autarquia do Meio Ambiente (AMA), Rubens Canizares, foi pessoalmente ao local no início da tarde e disse que vai enviar um relatório técnico à Companhia Municipal de Urbanização (Comurb) e à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, solicitando providências e uma análise dos estragos. ‘‘Por ser uma propriedade particular, vamos estudar o melhor procedimento que devemos adotar para retirar os latões de tiner que ainda restam lᒒ, disse o presidente, que reclamou do sumiço dos proprietários da fábrica.