Um filhote de lontra resgatado pelo Instituto Água e Terra (IAT) recebe cuidados intensivos da equipe do Hospital Veterinário da UniFil para garantir a sobrevivência. O mamífero classificado como "quase ameaçado" de extinção foi encontrado no município de Carlópolis, no Norte Pioneiro, por servidores da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), entregue a uma equipe do IAT (Instituto Água e Terra) de Jacarezinho e depois encaminhado ao HV em Londrina para atendimento emergencial e reabilitação.

O animal chegou ao hospital em quadro grave para a condição de filhote: desidratado, hipotérmico, hipotenso e acometido de diarreia líquida esverdeada. "Uma situação de grande risco de morte que exigiu tratamento e acompanhamento permanentes para salvamento. Estava bem debilitado e foram necessárias ações urgentes para evitar a sua perda. Fizemos vários raio-X, ultrassonografia e exame de sangue", detalha a médica-veterinária Daniela Martina, especialista em animais silvestres e coordenadora do Hospital Veterinário da UniFil.

Ela relata que a lontra foi monitorada 24 horas com reforço de alimentação adequada e leite a cada três horas, para nutrição e recuperação da saúde. "Agora permanece estável, mas ainda corre risco. A possibilidade de sobreviver já é bastante satisfatória", comenta a veterinária, considerando "mais uma vitória do IAT e do Hospital Veterinário da UniFil o resgate e a reabilitação".

A espécie normalmente vive às margens de rios e outras áreas banhadas, uma das características de Carlópolis, municípios com extenso território às margens da Represa Chavantes. Por isso, recebeu do IAT o nome de "Jacarezinho de Carlota".

Imagem ilustrativa da imagem Filhote de lontra resgatado em Carlópolis é tratado em Londrina

COMO AJUDAR

Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou da Polícia Militar do Paraná.

Se preferir, a pessoa pode ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.

(Com informações do HV da Unifil e do IAT)