Figueira A comunidade de Figueira (125 km ao sul de Jacarezinho) iniciou, ontem, uma mobilização contra a decisão do Conselho de Administração da (Copel) que prevê a interrupção das atividades da Usina Termelétrica de Figueira (Utelfa). Uma comissão pró-usina, em Figueira, programou manifestações contra a medida no próximo dia 10.
O Conselho Deliberativo da Copel informou, por meio de uma ata publica no último dia 27, que a usina está em atividade desde de 1963 e que mesmo com uma repotenciação a Utelfa não se tornará um negócio rentável para a Copel e manterá nos próximos anos um fluxo de caixa negativo. Na ata está relacionado que o prazo de vigência do contrato de fornecimento de carvão foi encerrado em 15 de fevereiro e, em seguida, delibera pela prorrogação do prazo da vigência do contrato de fornecimento de carvão por três meses para que seja desenvolvido um plano de sustentabilidade econômica e social da região para permitir a interrupção das atividades da usina.
A assessoria do presidente da Copel, Paulo Pimentel, informou ontem que ele estava em viagem e que posteriormente comentaria o caso. Segundo os membros da comissão os setores de extração, transporte e produção de energia, por meio da Utelfa, foram responsáveis pela geração de mais de mil empregos. De acordo com dados da comissão, atualmente a Utelfa é a principal atividade econômica e responsável por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do município.
Os moradores reivindicam a revisão da medida e a retomada do projeto de ampliação da Utelfa. Está prevista passeata e paralisação do comércio, escolas e órgãos públicos e culto ecumênico. O manifesto distribuído no município tem o apoio, segundo o documento, do comércio em geral, de autoridades públicas, escola, igrejas e entidades de classe.