Depois de dois anos de restrições e limitações – em razão da pandemia de Covid-19 -, as paróquias da Arquidiocese de Londrina irão celebrar o Tríduo Pascal e a Páscoa com participação maciça dos fiéis e possibilidade de retomar ritos como era no período antes do surgimento da doença. O tríduo iniciou na quinta-feira (14) e vai até sábado (16) e para os cristãos propõe a reflexão dos fundamentos da fé, em que Jesus Cristo morreu e ressuscitou para livrar a humanidade dos pecados, segundo a Bíblia.

No foco das celebrações também estará a mensagem da Campanha da Fraternidade deste ano, que com o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” tem sinalizado para a importância da educação. “Em momentos como o que vivemos precisamos aprender a falar com muita ternura e amor. Estamos muito violentos e a Campanha da Fraternidade nos coloca em sintonia com o caminho que a Páscoa nos leva a viver. Cristo sempre utilizou ternura com suas palavras e sabedoria”, destacou padre Rafael Solano, pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Na Catedral Metropolitana de Londrina, a abertura do Tríduo Pascoal foi com a missa da Instituição da Eucaristia e a celebração do silêncio, com a presença do arcebispo dom Geremias Steinmetz. Nesta sexta-feira (15), às 15h, está programada a celebração da Paixão e Morte de Jesus e às 19h o Sermão das Sete Palavras. No sábado, às 19h, acontece a Vigília Pascal e no domingo (17) as missas de Páscoa às 8h, 10h30 e às 18h. Também no domingo, às 17h, haverá a celebração das Vésperas, exposição solene e bênção do Santíssimo.

ESPERANÇA

Padre Rafael Solano frisou que a Páscoa é o centro da fé dos cristãos. “Se Cristo não tivesse ressuscitado a nossa fé seria em vão. Por isso o amamos e acreditamos. Quando se olha para um túmulo vazio, enche o coração de esperança. É na Páscoa que renovamos a fé e todos os cristãos são chamados para viver a vigília”, pontuou.

Imagem ilustrativa da imagem Fiéis celebram Tríduo Pascoal e Páscoa com fé e sem restrições
| Foto: Sérgio Ranalli - Editor

SANTUÁRIO

No Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, área central da cidade, as atividades também serão intensas. Na quinta-feira a missa da Ceia do Senhor voltaria a ter o rito do lava pés. Neste ano, profissionais da área da educação foram convidados para o momento solene, que lembra a passagem da Bíblia em que Jesus lavou os pés dos discípulos na Última Ceia. “O lava pés é uma valorização da educação por meio dos professores”, explicou o padre Rodolfo Trisltz, pároco e reitor do Santuário.

A adoração ao Santíssimo Sacramento ocorrerá nesta sexta-feira até as 14h. Antes, às 8h30, haverá um encontro com as crianças com o início do teatro da Paixão de Cristo de forma lúdica. Na sequência, a comunidade sairá para a Via Sacra pelas ruas do bairro. “É na Via Sacra que fazemos memória dos últimos passos de Jesus para recordarmos a difícil caminhada que é a salvação”, indicou.

Ainda na sexta, às 15h, terá a adoração da Paixão do Senhor, com a oração universal pedindo pelas vítimas da Covid-19 e a guerra na Ucrânia. Em seguida será feira a procissão do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores. A missa de sábado será as 19h e no domingo de Páscoa vai ser realizada a procissão do encontro, a partir das 8h30, com homens e mulheres percorrendo caminhos diferentes até se encontrarem nas proximidades da igreja. Na parte da tarde serão celebradas as missas das 16h e 18h30 normalmente.

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PERSPECTIVA

A expectativa no Santuário é de que 500 a 800 fiéis estejam presentes em cada momento. Mesmo com a derrubada da maioria das regras sanitárias, os três espaços que podem receber pessoas na igreja terão limitação de público. “Passamos dois anos com dificuldades em relação à Covid. Se olharmos para trás vemos a presença de Deus, porque a vinda da vacina é ação de Deus. Os dons do Espírito Santo são a sabedoria e a ciência, por qual foram desenvolvidos os imunizantes e por meio deles poderemos voltar a celebrar a liturgia”, valorizou.

CELEBRAR A VIDA

O sacerdote ainda reforçou que celebrar a Páscoa é enaltecer a vida. “A Páscoa traz novos horizontes, nos faz olhar para aquilo que é essencial: a convivência entre irmãos, ser solícitos uns com os outros. Celebrar a Páscoa é reconhecer a vida como o maior dom que temos. Nos últimos anos aprendemos a valorizar a vida e entendemos o que é a renúncia. Jesus renunciou a sua condição para salvação de todos. Hoje, Ele nos ensina que a salvação gera compromisso e pede para esse ato seja replicado nas nossas ações”, meditou padre Rodolfo Trisltz.

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