A secretaria de Estado da Fazenda liberou os R$ 19 milhões necessários para a desapropriação do terreno que fica na esquina da avenida Leste-Oeste com a rua Bahia, no centro de Londrina, onde será construído o terminal metropolitano. O recurso está à disposição da secretaria de Estado das Cidades, que é quem vai sacramentar a negociação.

“A secretaria das Cidades já está com o dinheiro. Nós próximos dias vamos fazer o acordo legal com o proprietário para desapropriar e pode ter essa importante obra”, destacou o titular da pasta, Eduardo Pimentel, em entrevista à RICtv Record. O secretário esteve em Londrina nesta semana para uma assembleia sobre saneamento básico e esgotamento sanitário com prefeitos da região.

A área escolhida para receber a estrutura tem cerca de 12 mil metros quadrados, ocupando um quarteirão, que fica em frente ao Terminal Central. Atualmente, o lugar possui um barracão com sinais de abandono e várias árvores.

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Em abril do ano passado, entidades do setor produtivo entregaram ao governo estadual, em forma de doação, o anteprojeto do terminal. No entanto, outros projetos terão que ser confeccionados antes para a posterior publicação do edital prevendo a construção.

“Temos um grupo de trabalho liderado pela AMEP (Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná) que está elaborando o termo de referência para licitar os projetos, visto que o terminal atenderá a demanda de passageiros e serviços”, explicou à FOLHA Sandra Moya, coordenadora do Núcleo Regional da Casa Civil em Londrina.

SOL E CHUVA

O terminal metropolitano é uma demanda antiga, assim como a promessa da edificação pela classe política. Hoje, passageiros que vêm de outras cidades, como Ibiporã, Cambé, Rolândia e Jataizinho, precisam ficar em pontos de ônibus espalhados pelos dois sentidos da Avenida Leste-Oeste. “Quando chove forte é terrível, porque não tem como se abrigar e as pessoas ficam com a roupa molhada. A estrutura atual não oferece conforto”, constatou a dona de casa Valdete Santos.

A reclamação dos usuários do transporte metropolitano também se repete nos dias de calor. “Quando os pontos ficam cheios temos que esperar debaixo do Sol, não tem banco suficiente. Precisávamos de um pouco mais de atenção das autoridades”, pediu o autônomo José Antônio de Almeida.

INFRAESTRUTURA

A ideia é de que o terminal tenha cinco mil metros quadrados de área coberta, com mais de 900 metros quadrados para sanitários e espaço de alimentação e atendimento aos motoristas. Deverão ser sete plataformas de embarque e desembarque com cerca de 20 baias para os coletivos.

Uma outra proposta é de que exista uma passarela ligando o lugar ao Terminal Central. Aproximadamente 19 mil viagens são realizadas por dia no sistema metropolitano, tendo Londrina como ponto de partida ou chegada. “Para ser sincero, só acredito nesse terminal a hora que estiver pronto, mesmo”, ressaltou Almeida.

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