Família denuncia hospital por morte de bebê em Toledo
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sexta-feira, 02 de março de 2001
O médico-legista Leandro Batista de Azevedo, do Instituto Médico-Legal (IML), de Toledo, realizou ontem a exumação e necrópsia do corpo do bebê Eduardo Vinícius Vilanova, de 6 meses, que morreu no último domingo. Há a suspeita de que a morte tenha sido causada por uma injeção que o menino recebeu quando estava internado no mini-hospital da Vila Pioneiro, em Toledo. Foram retirados fragmentos do corpo para serem encaminhados ao IML de Curitiba onde serão realizados exames anato-patológicos.
O legista explica que com esses exames será possível descobrir qual a verdadeira causa da morte da criança. O resultado deverá ser conhecido em 30 dias. Os fragmentos serão enviados na segunda-feira ao IML de Curitiba, pois lá é o único local habilitado para fazer esse tipo de exame, diz.
De acordo com o avô da criança, Graciano Silva, o menino chegou ao mini-hospital na noite de sábado apresentando sintomas de alergia. Depois de deixá-lo em observação durante a noite, a médica Vânia Sarquis receitou três medicamentos e autorizou sua volta para casa. Antes de sair do hospital, os pais da criança foram informados pela enfermeira Marli Marostega que Eduardo precisava receber um dos medicamentos.
Graciano Silva acusa a enfermeira de negligência. Ele diz que Marli aplicou a injeção na veia e na sua opinião o correto seria nas nádegas. Não posso dizer que ela matou meu neto, mas no mínimo faltou algum tipo de cuidado. Logo depois de tomar a injeção, a criança morreu, completa.
O delegado da 20ª SDP de Toledo, Noobu Nagassi, declarou que já foi aberto um inquérito para apurar o caso, mas somente após se conhecer o resultado da necrópsia será possível dar prosseguimento às investigações. O secretário municipal de Saúde do município, Joaquim Iwazaki, afirmou que foi instaurado um processo administrativo para apurar as causas da morte da criança. Por enquanto, tanto a médica como a enfermeira continuam trabalhando. Não podemos afastar ninguém sem conhecer as causas da morte, conclui o secretário.