A falta de água por causa do rompimento de uma adutora da Sanepar em Londrina fez com que moradores e comerciantes das regiões afetadas enfrentassem transtornos e contabilizasse prejuízos nesta segunda-feira (21).

"É um transtorno imenso. No restaurante começa a cozinhar às sete da manhã e, em seguida, já começa a trabalhar com a lanchonete. Sem água paralisa, atrasa tudo", reclama Edna Garcia, balconista e gerente de compras de um restaurante localizado no Calçadão da Avenida Paraná, área central. "A água é tudo em um restaurante. Além de precisarmos dela para cozinhar e para lavar a louça, temos que ter água no banheiro porque os clientes usam quando vêm aqui almoçar. Quando não tem água, o banheiro fica sujo e tem reclamação, com razão", acrescenta.

A gerente de compras afirma compreender a necessidade que a Sanepar tem de fazer manutenções, mas acredita que o planejamento das ações deve considerar, também, as demandas dos estabelecimentos comerciais que serão afetados. Garcia argumenta que os trabalhos de manutenção corretiva deveriam ser feitos em dias e horários alternativos para que os comerciantes não sejam prejudicados. "Não é uma vez ou outra, tem acontecido sempre. Já chegamos a vender 30% menos do que o usual quando ficamos sem água."

Carina Nogueira, que mora no Centro de Londrina, reforça que a falta de água é um problema recorrente. "Às vezes ficamos muito tempo sem água e eles [Sanepar] avisam em cima da hora. Além disso, quando a água volta, volta suja e com força, o que prejudica o encanamento."

DE MADRUGADA

Por meio da assessoria, a Sanepar explica que existem diversas obras em andamento em Londrina e, por isso, as paradas são programadas e avisadas. "Uma parada aconteceu nesse domingo (20) porque estamos com uma obra importante na avenida Higienópolis. Nessa segunda-feira tivemos um incidente e comunicamos via imprensa."

Segundo a Companhia, é importante que os comerciantes e os moradores registrem suas reclamações pelo telefone 0800 200 0115 "para que o Centro de Controle Operacional e a equipe de campo identifique situações como vazamentos ocultos".

A Sanepar reforça, ainda, que, de acordo com norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), cada imóvel deve ter caixa-d’água com capacidade para atender as necessidades dos moradores por, no mínimo, 24 horas. O reservatório domiciliar deve armazenar pelo menos 500 litros.

O rompimento da adutora na saída do Reservatório Higienópolis, na esquina da avenida Higienópolis com Rua Tupi, ocorreu na madrugada de segunda. Segundo a assessoria de imprensa da Sanepar, os principais bairros afetados são, além do centro, as vilas Ipiranga, Garcia, Ernest, Boa Vista, Agari, Shimabokuro, Menegazzo e Petraróia.

Pouco antes das 12h, a assessoria da Sanepar informou ter concluído o serviço de manutenção da adutora e que o abastecimento havia sido retomado. A previsão é de normalização da distribuição de água de maneira gradativa até o fim da tarde.