O Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado nesta terça-feira (25), será celebrado em dois eventos em Londrina. O primeiro, organizado pelo Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) da UEL (Universidade Estadual de Londrina), ocorre às 16h, no Campus Universitário. Mais tarde, às 19h30, o MARL (Movimento de Artistas de Rua de Londrina) realiza sua homenagem em seu Café Público, na Vila Cultural Canto do Marl, na avenida Duque de Caxias, 3241.

De acordo com o Neab, estudantes, professoras e servidoras da UEL participam da homenagem. O objetivo é proporcionar uma reflexão sobre a trajetória das mulheres que contribuem para o enfrentamento ao racismo, a partir da consciência e da resistência.

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A comemoração inclui um café colaborativo reunindo mulheres de todos os centros de estudos e de demais unidades da UEL, além de apresentações artísticas e homenagens. A programação vai até às 18h.

Comemorada no dia 25 de julho, a data remonta ao ano de 1992 quando, em Santo Domingo, República Dominicana, realizou-se o 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas. O encontro, além de propor a união entre mulheres, também denunciou o racismo e o machismo enfrentados por mulheres negras, em todos os continentes. Essa reunião conseguiu que a ONU, ainda em 1992, reconhecesse o dia 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

MARL

Já o MARL detalha que o evento será um café coletivo entre mulheres cis e pessoas trans para a construção do próximo evento do Projeto Cultura em Resistência - 10 anos de Marl. “O evento tem como objetivo reunir o maior número de pessoas, frentes e coletivos mulheris e transativistas de Londrina em prol de um evento a ser realizado entre os dias 1 e 10 de outubro”. Os organizadores pedem que cada um leve um prato ou uma bebida para compartilhar.

TEREZA DE BENGUELA

Em 25 de julho também é celebrado o dia de Tereza de Benguela. “Rainha Tereza” como ficou conhecida, viveu no século 18 no Vale do Guaporé, no Mato Grosso, onde sozinha liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, assassinado por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 até o final do século.

Além de ser lembrada nos eventos de hoje, Tereza Benguela foi lembrada em evento recente realizado na Câmara dos Vereadores, que homenageou mulheres negras de Londrina, em evento organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Ao todo, cerca de 50 pessoas foram homenageadas com a premiação.O evento também foi realizado em referência ao Dia Municipal de Tereza de Benguela e da Mulher Negra (25 de julho), instituído pela lei municipal n° 13.513/2022, da vereadora Lu Oliveira (PL).

Durante a premiação, organizada em parceria com o Coletivo Black Divas, houve apresentações musicais do grupo Black Singers, que trouxe ao público momentos de celebração e reflexão sobre a cultura negra e suas contribuições para a sociedade londrinense. (Com informações de O Perobal/UEL)