Estudantes de enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM) prometem radicalizar no movimento pelo construção de um prédio próprio para o curso. Eles deveriam encerrar ontem o acampamento de nove dias em frente à reitoria, mas decidiram continuar até conseguirem um posicionamento oficial da universidade. A campanha começou há três semanas, quando acadêmicos e professores interditaram dois blocos que ameaçavam desabar pelo excesso de rachaduras e infiltrações nas paredes e telhado.
Os alunos de enfermagem reclamam da falta de prioridade para o curso nas decisões dos conselhos universitários. Eles exigem a construção de um bloco com espaço mínimo de 2,3 mil metros quadrados para as aulas, laboratórios, salas de professores e departamento. Na segunda-feira os acadêmicos se reúnem em assembléia para decidir novas formas de mobilização. ‘‘O curso tem 20 anos e mesmo sendo um dos mais antigos da área da saúde, não vem merecendo respeito’’, reclama a estudante Nataly Barbosa Alves.
A construção de um bloco poderia ser viabilizada caso a universidade recebesse uma verba prometida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os alunos contam que conseguiram a aprovação do projeto, mas não há definição oficial ou cronograma das obras. A esperança era que a direção da UEM liberasse 1,5 mil metros quadrados de um novo bloco que será construído para o Centro de Ciências da Saúde.