Espírito natalino transcende gerações
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Mariana Guerin<br> Reportagem Local
Na casa da empresária Beatriz Couto nunca faltou árvore de Natal. ''É uma tradição que veio da minha mãe e que passei aos meus três filhos'', conta ela, que desde pequena utilizava a imaginação para recriar presépios. ''Teve ano que montamos a árvore só com cartõezinhos que eles mesmos fizeram à mão e trabalhos que eles tinham feito na escola ao longo do ano'', recorda.
Segundo Beatriz, nos últimos anos ela resolveu investir em modelos mais tradicionais, usando até enfeites todos dourados ou todos prateados em anos alternados. Este ano, ela resolveu trocar os itens mais delicados por enfeites de patchwork, para que o neto de dois aninhos possa brincar sem se machucar, e complementou a decoração com lanterninhas japonesas, que viu na capa de uma revista.
Para incrementar ainda mais a decoração natalina, Beatriz agrega um presépio que comprou há mais de três décadas num bazar beneficente e um menino Jesus que ela ganhou de presente de formatura, quando tinha 18 anos. ''Meus filhos, mesmo os solteiros, montam árvores em casa'', orgulha-se a empresária, que também sempre gostou de presentear familiares no Natal.
Solidariedade
Apaixonado pelas tradições natalinas, o comunicador social José de Arimathéia Cordeiro Custódio costuma enfeitar não só o apartamento onde mora com a mãe, mas o laboratório onde trabalha na Universidade Estadual de Londrina (UEL). ''Desde que me lembro se monta árvore de Natal em casa, é uma tradição familiar'', justifica.
Todo ano, Custódio compra um enfeite novo para sua árvore, que deve sempre ser verde, mesmo que artificial. ''Também tem a tradição de trocar de árvore a cada sete anos'', completa. No apartamento não tem só árvore e presépio: há pequenos enfeites espalhados pelos móveis, decorados também com panos de copa e toalhas de mesa com motivos matalinos, além de guardanapos especiais.
Tradicionalista, ele realiza um ritual enquanto decora a casa para o Natal: a árvore sempre é montada no penúltimo domingo de novembro, quando ele coloca um CD com músicas natalinas para tocar, resgata todos os acessórios do armário e vai montando, devagarinho, a árvore. ''Por último coloco a guirlanda na porta.'' No dia 6 de janeiro, a guirlanda é o primeiro objeto a voltar para o armário, com o resto da decoração, que aguarda até o final do próximo ano para brilhar novamente.
Para o comunicador, esta época do ano também é marcada pelo espírito de solidariedade: ''Todo mundo fica com o coração mais aberto, como deveria ser o ano inteiro. Ficamos mais fraternos, tolerantes, solidários e partilhamos mais.''