Escolas municipais de Londrina têm alarme integrado à GM
Medida visa coibir arrombamentos e atos de vandalismos nos prédios; somente neste ano foram registradas 59 ocorrências
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 08 de dezembro de 2020
Medida visa coibir arrombamentos e atos de vandalismos nos prédios; somente neste ano foram registradas 59 ocorrências
Pedro Marconi - Grupo Folha
Algumas unidades escolares municipais de Londrina contam com o monitoramento de alarme junto à central da GM (Guarda Municipal). A ativação começou nas últimas semanas e a expectativa é de que o procedimento chegue nos próximos meses a todas as 127 instituições, entre escolas e centros de educação infantil.
Denominado “Monitorar para Proteger”, o projeto visa coibir ações de vandalismo e furtos. Em caso de arrombamento ou presença de pessoas fora do horário de expediente, o dispositivo será acionado e uma equipe da corporação mais próxima vai até o local. “Temos grandes dificuldades, principalmente, no recesso, nas férias ou à noite, quando as escolas ficam vazias e são alvos. Às vezes entram só para estragar, fazer jantar com a merenda”, relatou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.
Somente neste ano foram 59 casos de violação contra escolas e creches. No ano passado este número chegou a 73, sendo o maior registro em quatro anos. “Desde 2017 nos aproximamos da Guarda e trabalhando com inteligência”, apontou. Os aparelhos estão sendo adquiridos pelas próprias instituições, por meio de recursos do governo federal. Já o sistema com fornecimento de hardwares e software foi comprado pela secretaria de Educação, via licitação, ao custo de R$ 149 mil.
PLANO
De acordo com o secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, a ação faz parte do plano de segurança municipal, elaborado pela pasta. A intenção é criar barreiras, desde a conscientização até medidas práticas no dia a dia, para a colaboração nos cuidados de segurança. “Técnicos da secretaria foram nos locais com os gestores e indicaram os locais de vulnerabilidade e melhorias, como poda de árvore, iluminação, grades”, explicou.
Os apontamentos foram enviados para os gestores e secretários envolvidos. A Educação, entre os maiores índices de problemas com arrombamentos, foi tratada como prioridade. Além disso, outras atividades foram desenvolvidas. “Fizemos panfletos com informações para vizinhos, como forma de auxiliarem, interagindo com a sociedade. Também houve orientação de servidores, para nos repassarem dados. Temos avançado e estão surgindo resultados positivos”, destacou Ramos.
CUSTO-BENEFÍCIO
Há cerca de dois anos, a intenção da secretaria de Defesa Social era colocar câmeras de segurança nas escolas, entretanto, com custo estimado alto, a ideia foi deixada de lado. “O alarme é menos oneroso para o município. Com essa tecnologia fazemos o atendimento e conseguimos cercar o perímetro. O sistema de câmera depende de uma guarda ficar monitorando a tela”, explicou o responsável pela pasta.
TRANQUILIDADE
As escolas e creches que dispõem de câmeras de segurança interligadas à Guarda Municipal continuarão com o registro de imagens. É o caso do CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Water Okano, ao lado do terminal rodoviário, na zona leste. O circuito de alarme foi comprado em setembro e a unidade foi uma das primeiras a interligar o monitoramento com a central da GM. “Instalamos alarme em todo o prédio e não apenas em locais vulneráveis”, contou a diretora, Camila Tonon.
O centro infantil foi invadido quatro vezes em 2020. Em um dos casos, furtaram as bolas que as crianças usam para brincar. “Não temos vizinhos e isso acaba facilitando. Com o alarme melhora a sensação segurança. Com a Guarda monitorando, atendendo rapidamente quando tiver alguma situação, ficamos mais tranquilos. Fechamos o CMEI e sabemos que estará cuidado por alguém.”
ARTHUR THOMAS
A escola municipal Arthur Thomas, no centro, já vinha adotando outras medidas de prevenção e considera o alarme como um reforço. “Antes o alarme acionava a diretora e a agora, passando para a Guarda Municipal, vai ser mais sossegado, pois, a equipe gestora se sente mais segura. O som do alarme já inibe. Estamos sempre atentos para não termos problemas e colocando em prática as orientações sobre a estrutura. Felizmente não fomos alvo”, disse a diretora auxiliar, Cristiane de Oliveira Tokairin.