Uma das primeiras unidades a interligar o monitoramento com a GM é o CMEI Water Okano
Uma das primeiras unidades a interligar o monitoramento com a GM é o CMEI Water Okano | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Algumas unidades escolares municipais de Londrina contam com o monitoramento de alarme junto à central da GM (Guarda Municipal). A ativação começou nas últimas semanas e a expectativa é de que o procedimento chegue nos próximos meses a todas as 127 instituições, entre escolas e centros de educação infantil.

Denominado “Monitorar para Proteger”, o projeto visa coibir ações de vandalismo e furtos. Em caso de arrombamento ou presença de pessoas fora do horário de expediente, o dispositivo será acionado e uma equipe da corporação mais próxima vai até o local. “Temos grandes dificuldades, principalmente, no recesso, nas férias ou à noite, quando as escolas ficam vazias e são alvos. Às vezes entram só para estragar, fazer jantar com a merenda”, relatou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.

Somente neste ano foram 59 casos de violação contra escolas e creches. No ano passado este número chegou a 73, sendo o maior registro em quatro anos. “Desde 2017 nos aproximamos da Guarda e trabalhando com inteligência”, apontou. Os aparelhos estão sendo adquiridos pelas próprias instituições, por meio de recursos do governo federal. Já o sistema com fornecimento de hardwares e software foi comprado pela secretaria de Educação, via licitação, ao custo de R$ 149 mil.

PLANO

De acordo com o secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, a ação faz parte do plano de segurança municipal, elaborado pela pasta. A intenção é criar barreiras, desde a conscientização até medidas práticas no dia a dia, para a colaboração nos cuidados de segurança. “Técnicos da secretaria foram nos locais com os gestores e indicaram os locais de vulnerabilidade e melhorias, como poda de árvore, iluminação, grades”, explicou.

Os apontamentos foram enviados para os gestores e secretários envolvidos. A Educação, entre os maiores índices de problemas com arrombamentos, foi tratada como prioridade. Além disso, outras atividades foram desenvolvidas. “Fizemos panfletos com informações para vizinhos, como forma de auxiliarem, interagindo com a sociedade. Também houve orientação de servidores, para nos repassarem dados. Temos avançado e estão surgindo resultados positivos”, destacou Ramos.

CUSTO-BENEFÍCIO

Há cerca de dois anos, a intenção da secretaria de Defesa Social era colocar câmeras de segurança nas escolas, entretanto, com custo estimado alto, a ideia foi deixada de lado. “O alarme é menos oneroso para o município. Com essa tecnologia fazemos o atendimento e conseguimos cercar o perímetro. O sistema de câmera depende de uma guarda ficar monitorando a tela”, explicou o responsável pela pasta.

TRANQUILIDADE

As escolas e creches que dispõem de câmeras de segurança interligadas à Guarda Municipal continuarão com o registro de imagens. É o caso do CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Water Okano, ao lado do terminal rodoviário, na zona leste. O circuito de alarme foi comprado em setembro e a unidade foi uma das primeiras a interligar o monitoramento com a central da GM. “Instalamos alarme em todo o prédio e não apenas em locais vulneráveis”, contou a diretora, Camila Tonon.

O centro infantil foi invadido quatro vezes em 2020. Em um dos casos, furtaram as bolas que as crianças usam para brincar. “Não temos vizinhos e isso acaba facilitando. Com o alarme melhora a sensação segurança. Com a Guarda monitorando, atendendo rapidamente quando tiver alguma situação, ficamos mais tranquilos. Fechamos o CMEI e sabemos que estará cuidado por alguém.”

Instalação do equipamento faz parte do plano de segurança municipal, elaborado pela Defesa Social
Instalação do equipamento faz parte do plano de segurança municipal, elaborado pela Defesa Social | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

ARTHUR THOMAS

A escola municipal Arthur Thomas, no centro, já vinha adotando outras medidas de prevenção e considera o alarme como um reforço. “Antes o alarme acionava a diretora e a agora, passando para a Guarda Municipal, vai ser mais sossegado, pois, a equipe gestora se sente mais segura. O som do alarme já inibe. Estamos sempre atentos para não termos problemas e colocando em prática as orientações sobre a estrutura. Felizmente não fomos alvo”, disse a diretora auxiliar, Cristiane de Oliveira Tokairin.