Escolas funcionam parcialmente com ato contra cortes na educação
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quarta-feira, 15 de maio de 2019
Rafael Machado, Luis Fernando Wiltemburg e Viviani Costa - Grupo Folha

Colégios estaduais do centro de Londrina amanheceram sem a tradicional movimentação de alunos e professores. O "sossego" se dá pela manifestação agendada no Calçadão contra os cortes anunciados pelo governo federal na educação. O protesto acontece em frente ao Banco do Brasil e deve reunir docentes de outros segmentos, como a rede municipal e universidades, como a UEL e a UTFPR.

Alunos da UEL promovem na frente do Teatro Ouro Verde uma mostra dos projetos de pesquisa e extensão das 10h às 16h. Quem estuda no IFPR (Instituto Federal do Paraná) também vai expor as propostas desenvolvidas na Praça Floriano Peixoto, entre a avenida São Paulo e a rua Professor João Cândido, das 14h às 16h. O objetivo é demonstrar parte das atividades que com impacto na sociedade, relacionadas a serviços, consultorias, pesquisas e atendimentos.

No Vicente Rijo, os portões estavam fechados. Segundo a diretora Eliane Pinheiro, nove professores aderiram à paralisação, grande parte do ensino médio. Durante a tarde, apenas dois profissionais comunicaram que participarão da manifestação. As turmas da noite terão aulas normalmente.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação e Esporte sugere que as aulas "ocorram normalmente em todas as instituições de ensino da rede estadual da educação básica. A pasta orienta também que eventuais ausências dos professores sejam normalmente registradas no relatório mensal de frequência".
Município
Mais de 32 mil alunos do 1ª ao 4ª ano ficarão sem aulas nesta quarta. Apenas 17 escolas que atendem 5.427 alunos devem continuar suas atividades normalmente, de acordo com levantamento prévio da Secretaria de Educação junto aos diretores. Na Carlos Dietz, o funcionamento não foi alterado.

Segundo a diretora Vânia Isabeli Costa, 80% dos alunos compareceram e o atendimento ocorre normalmente nesta manhã. Alguns professores participam do protesto no Calçadão. “O fato da escola não paralisar as atividades, não significa que não estamos de acordo com o protesto. Apoiamos todas as reivindicações. Porém, desta vez, respeitando o direito de todos, democraticamente, não paralisamos por não termos 51% dos votos favoráveis dos professores. A decisão da maioria foi respeitada”, explicou.
A diretora ressaltou ainda que a escola analisa outras formas de mobilização como o envio de cartas, ofícios e abaixo-assinados para que deputados e senadores tenham conhecimento sobre a realidade no ensino e para que a comunidade também reflita sobre as dificuldades no setor da educação.
Veja quais instituições municipais estão funcionando normalmente:
E.M. Carlos Dietz
E.M. Corveta Camaquã
CMEI Lavinia Monteiro de Moraes
E.M. Haydée Colli Monteiro
E.M. Moacyr Camargo Martins
E.M. Vilma Rodrigues Romero
CMEI Tião Balalão
E.M. Da Vila Brasil
E.M. Mábio G. Palhano
E.M. Arthur Thomas
E.M. Bartolomeu de Gusmão
E.M. Eurides Cunha
E.M. Aracy Soares dos Santos
E.M. Armando Rosário Castelo

