Entre as unidades escolares da zona rural de Londrina avaliadas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), no 5º do ensino fundamental, o destaque foi a escola municipal Francisco Aquino Toledo, no distrito de São Luiz, região sul. O índice passou de 6.2, em 2017, para 7.2, no ano passado. O resultado, informado nesta semana, está entre os crescimentos mais expressivos no município em dois anos.

A escola conta com 108 alunos, entre 1º ao 5º ano, EJA (Educação de Jovens e Adultos) e educação especial. “Há dois anos, quando caiu a nota, conversamos com a equipe de trabalho e iniciamos medidas mais intensivas, criando estratégicas para conseguir elevar”, contou Márcia Aparecida Maziero Grecco, diretora da instituição.

Entre as propostas, a conscientização junto às famílias para que não deixassem os estudantes faltarem, o que era um problema. “Mesmo nos dias de chuva e vindo de transporte escolar, o 5º ano foi a turma que menos faltou. As crianças que estavam com dificuldades de vir fomos nas casas, conversamos com as famílias para saber o que estava acontecendo”, apontou.

De acordo com Grecco, outro benefício foi a implantação do coordenador pedagógico, função que não existia no quadro de servidores e foi criada pela secretaria municipal de Educação, fazendo parte do dia a dia escolar a partir de 2019.

Coordenadora da unidade, Olga Maria Rocha Ribeiro frisou que o investimento durante todo o ano passado foi na recuperação paralela dos alunos. “A mesma professora do 5º ano era do contraturno. Então, ela sabia exatamente o que cada um tinha que melhorar para fazer a intervenção. Já com a turma toda, a cada mês fizemos simulado com as atividades referentes à Prova Brasil.”

AMOR E DEDICAÇÃO

Para a professora da turma analisada no ano passado, a formação continuada disponibilizada pelo município colaborou para o aprimoramento das técnicas com as crianças. “Trabalhamos português voltados para os gêneros textuais, a matemática de maneira lúdica, com jogos. Fomos superando as dificuldades de aprendizagem”, relatou. “É mistura de muito carinho, amor e dedicação de todas as partes, contribuindo para que o aprendizado fosse significativo na vida dos alunos”, evidenciou.

QUALIDADE

Atualmente, a escola funciona em dualidade com o colégio estadual Capitão Euzébio Barbosa de Menezes e também utiliza salas cedidas pela igreja do distrito. O prédio próprio começou a ser construído. A projeção para as próximas provas e o próprio Ideb é de manter o índice. “Não é manter só a nota, mas a qualidade e melhorar”, planejou Olga Ribeiro.