Envolvidos em morte de jovem no Alphaville são indiciados por homicídio
Investigação apontou que Samuel Barbosa da Silva e amigo foram atacados por motivo fútil
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 01 de agosto de 2024
Investigação apontou que Samuel Barbosa da Silva e amigo foram atacados por motivo fútil
Pedro Marconi

A Polícia Civil concluiu o inquérito envolvendo a morte de Samuel Barbosa da Silva, 29, e a tentativa de assassinato contra o amigo dele. O caso aconteceu no começo de julho em frente aos condomínios de luxo do Alphaville, na região sul de Londrina. O condutor da moto que perseguiu as vítimas foi indiciado por homicídio consumado por motivo fútil e receptação e adulteração de sinal identificador, já que a moto que conduzia havia sido furtada dias antes da execução, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina).
O garupa, autor dos disparos, vai responder por homicídio consumado por motivo fútil e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. “Não foi possível retirar o projétil da vítima que sobreviveu. Os médicos avaliaram que seria um risco. Ele vai ter que conviver com projétil no corpo pelo resto da vida. Já em relação ao Samuel não foi possível identificar o calibre, pois, degradou. Nesse tipo de situação a lei determina que tem que beneficiar o investigado, ou seja, deve responder pelo menor crime”, explicou o delegado de Homicídios, João Reis.
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O delegado frisou que a partir de imagens de câmeras de segurança foi possível determinar com precisão a participação de cada envolvido no crime. “O suspeito que conduzia uma BMW pega uma arma de fogo, vai até um Honda Civic, pega um capacete e depois ocupa a garupa da motocicleta. Os dois saem, disparam e voltam para o posto falando para os demais que 'moio o rolê”, narrou.
A dupla estava com Samuel e o sobrevivente instantes antes no pátio de um posto de combustíveis na rodovia Mábio Gonçalves Palhano. A investigação apontou que eles condenaram a criminalidade e, por isso, foram perseguidos. “Não houve discussão. Foi um motivo extremamente fútil. Durante a confraternização (no posto) com um grupo de pessoas, a vítima que sobreviveu comentou que jamais entraria para o mundo do crime para não envergonhar a mãe. Os dois teriam atacado a vítima e matado o Samuel porque não gostaram da frase que foi dita”, destacou.
EM LIBERDADE
O rapaz e o amigo não tinham amizade com este grupo. “O Samuel estaria no trabalho, depois ele e o amigo passaram em um bar na avenida Higienópolis, onde conheceu o grupo. Viram de ‘tomar a saideira’, lá no posto a conversa não agradou o outro grupo”, pontuou Reis. As outras pessoas que estavam com a dupla de criminosos não teriam envolvimento. “O Samuel e o amigo são pessoas que têm capacidade de fazer amizades, mas não sabiam quem estava do outro lado”, analisou.
O homem que conduzia a Honda Biz tem passagens por tráfico de drogas, receptação, furto simples e qualificado e desobediência. O garupa, que atirou, tem antecedente por violência doméstica. O delegado pediu a prisão deles no decorrer do inquérito, porém, o MP-PR (Ministério Público do Paraná) e a Justiça foram contrários. Eles respondem em liberdade.

