Entrega da reconstrução do terminal Acapulco fica para dezembro
Obra começou em julho do ano passado e, às vésperas de vencer aditivo de prazo, empresa pediu à prefeitura mais dois meses
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 27 de setembro de 2023
Obra começou em julho do ano passado e, às vésperas de vencer aditivo de prazo, empresa pediu à prefeitura mais dois meses
Pedro Marconi
Prometida para julho e depois para outubro, a entrega da reconstrução do terminal do Acapulco, na região sul de Londrina, deverá acontecer apenas em dezembro. O consórcio responsável pelos trabalhos encaminhou para a secretaria municipal de Obras e Pavimentação, na terça-feira (26), um pedido de prorrogação de prazo, que vence em oito de outubro, de mais dois meses.
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No ofício para justificar a solicitação - que a FOLHA teve acesso - a empreiteira alegou nove intercorrências, entre elas, a demora para a demolição do terminal existente, as chuvas de janeiro a abril, a execução de um muro de contenção, mudança de redes de água e esgoto, dificuldades com redes já existentes e atraso para a pavimentação asfáltica.
“Em virtude das situações ocasionadas conforme descrito, houve atrasos na obra, fazendo-se necessário, nesse momento, um acréscimo de 60 dias de prazo para que possamos concluir a obra de acordo com as boas técnicas da construção”, destacou a empresa. O pedido agora será analisado pelos técnicos da secretaria de Obras para, posteriormente, o aditivo ser formalizado pela secretaria municipal de Gestão Pública.
EVOLUÇÃO A PASSOS LENTOS
A construção do novo terminal começou em agosto do ano passado, com previsão de conclusão em 11 meses. Em 13 meses de intervenções, foram executados 68% dos serviços, uma evolução média mensal de 5,2%. Enquanto a estrutura não fica pronta, os passageiros seguem no terminal provisório instalado por meio de pontos de ônibus na avenida Chepli Tanus Daher.
Com os dias quentes, a infraestrutura tem incomodado os usuários do transporte coletivo. “A sombra é mínima e passamos muito calor tendo que esperar os ônibus no ponto, o bom mesmo era se estivéssemos no novo terminal, que é maior, pelo jeito ficará mais arejado”, lamentou o autônomo Felipe Batista.
Após ficar pronto, o terminal terá quase duas vezes o tamanho da antiga estrutura, passando de 1.700 metros quadrados para 3.400. Além das plataformas, haverá piso tátil, rampas acessíveis, bancos com encosto, guaritas de bilheterias, bicicletário, fraldário e vestiários. “Quando começou já imaginava que iria atrasar. É difícil uma obra na cidade sair dentro do prazo que divulgam, o que é uma pena”, comentou a estudante Vitória Soares.
DUPLICAÇÃO
Outra obra concomitante com a do terminal é a duplicação da marginal da PR-445, da avenida Dez de Dezembro até a Chepli Tanus Daher, totalizando 450 metros. Nesta frente do trabalho, o percentual do que já foi feito está menor: 44%. Entre os serviços que ainda precisam ser executados estão a readequação geométrica da rotatória da avenida Dez de Dezembro, a edificação de uma nova rotatória em frente ao terminal e a pavimentação das pistas.
Atualmente, a marginal da rodovia é em mão simples. Após a duplicação o sentido da via ficará em mão dupla, com os motoristas podendo virar sentido terminal, ao invés de terem que dar a volta pelo bairro. O valor das duas obras é R$ 16,6 milhões.
NOTIFICAÇÃO
Em julho, a prefeitura notificou o consórcio depois que constatou "ritmo lento de trabalhos e atraso no cronograma físico-financeiro" "Fica a contratada notificada para que intensifique o ritmo dos trabalhos, de modo a cumprir o cronograma, concluindo-se o objeto no prazo concedido, sob pena de aplicação das sanções contratuais cabíveis”, alertou.
JUVENAL PIETRARÓIA
Se o pedido para o terminal Acapulco ainda precisa ser avalizado, a prorrogação de prazo para a construção das novas pistas da avenida Juvenal Pietraróia, na zona oeste, já foi concedida. A empresa – que não é a mesma do terminal – ganhou dois meses extras para terminar a obra, que teve início em abril e previsão de término em agosto, quando já foi dado um aditivo, até setembro.
A construtora afirmou que teve problema com “atraso na entrega pelo fornecedor de blocos de concreto a ser utilizado no muro novo”. O custo da obra – que está com 41% de execução - é de R$ 2,3 milhões. A reportagem não conseguiu contato com o secretário municipal de Obras e Pavimentação.
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