A violência contra a mulher no ambiente digital será tema de mesa redonda promovida pelo Comitê de Combate à Violência, do Núcleo Londrina do Grupo Mulheres do Brasil, em parceria com o Coletivo de Mulheres Pagu PUC Londrina. O encontro, marcado para o dia 28 de junho, às 19h30, na PUC Londrina, terá a participação de Camilla Costa, delegada de Polícia da Delegacia da Mulher de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), Maria Eduarda Siloto, advogada criminalista, Gabriela Gil, psicóloga, e da advogada Poliana Dequêch.

Inscrições gratuitas podem ser feitas no : https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdraaKUob1z7bkGdgvlH-vyoqKfTO05ZFqRHqDZrEDa_gXtaQ/viewform

A proposta do evento, destaca a advogada Rita Ramalho, voluntária do Comitê de Combate e que está à frente da organização do encontro, surgiu da necessidade de falar sobre o tema, uma vez que os crimes de violência contra as mulheres não mais se limitam ao mundo físico e alcançam as vítimas no universo online. Dados da plataforma Safernet, por exemplo, apontam que o número de denúncias referentes a crimes de ódio contra mulheres na internet cresceu 250,85%, somente de 2021 para 2022.

A farmacêutica Giandra Gorgato, líder do Comitê de Combate à Violência, acrescenta que com a popularização das redes sociais uma nova forma de violência tem se proliferado: o cyberbullying. “A rapidez com que as imagens circulam, podendo alcançar milhares de pessoas em pouquíssimo tempo, quando utilizadas de forma a difamar ou a levar a conclusões distorcidas, causam resultados desastrosos e muito prejudiciais”, lamenta ela, frisando que a situação pode se agravar uma vez que muitos assediadores são acobertados pelo anonimato, levando de certa forma à impunidade.

COLETIVO PAGU

Beatriz de Campos Zanon, estudante de Psicologia da PUC e presidente do Coletivo Pagu, reforça que, numa época majoritariamente tecnológica, é muito importante trazer esse tema para debate, a fim de alertar o público e combater toda forma de violência contra a mulher. “Não só no meio acadêmico, mas em todo lugar ficamos sabendo da exposição de mulheres e meninas menores de idade na internet, o quanto são sexualizadas, enganadas e assediadas de inúmeras formas”, pontua. Ela explica que o Pagu é o coletivo feminino de estudantes da PUC-PR, campus Londrina, e tem como objetivo acolher e conscientizar as mulheres da faculdade.

DENÚNCIAS

Mulheres vítimas de violência e que precisem de apoio podem entrar em contato com o Projeto Justiceiras, que recebe denúncias e realiza acolhimento multidisciplinar, pelo link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSft--ccomNpgfVaU0O9Xjpmg_vLmhHsKZ8SG5YiphdMRshpgg/viewform

MULHERES DO BRASIL

O Grupo Mulheres do Brasil é um movimento político suprapartidário, criado em 2013 e presidido pela empresária Luiza Helena Trajano, que reúne mais de 114 mil mulheres que sonham e trabalham voluntariamente por um Brasil melhor. Nos organizamos em 155 Núcleos locais, 114 em cidades brasileiras e 41 no exterior, em 24 países. Entre nossas pautas prioritárias estão a valorização da educação, o combate à violência contra a mulher, igualdade racial e a defesa do Sistema Único de Saúde.

O Núcleo Londrina começou suas atividades em outubro de 2020 e realizou sua primeira reunião online aberta às mulheres da cidade no dia 10 de dezembro de 2020. O Núcleo local tem como líder fundadora a arquiteta Charlene Tófano, e como líderes colegiadas a professora universitária Samara Headley, a consultora empresarial Caroline Moya de Morais, a administradora de empresas Vanessa Tófano e a jornalista e atriz Nilma Raquel Silva.

Como participar: todas as mulheres são bem-vindas, basta cadastrar-se pelo www.grupomulheresdobrasil.com.br . Siga também @grupomulheresdobrasillondrina no Instagram e envie uma DM, se tiver alguma dúvida.

(Com informações do Núcleo Londrina do Grupo Mulheres do Brasil)