Maringá - A polícia de Maringá ouviu ontem o empresário Hélcio Celso Marroni, preso há 15 dias acusado de envolvimento no assassinato do médico cardiologista, Francisco de Assis Coimbra. O depoimento de Marroni durou quase cinco horas. Ele estava acompanhado do advogado Walter Bittar. O delegado que preside o inquérito Nilson Rodrigues da Silva não revelou as declarações de Marroni, mas confirmou que o depoimento foi satisfatório e reforça a suspeita de crime passional. Silva também adiantou que vai pedir a prisão preventiva do empresário.
O cobrador Claudionor Ferreira Barbosa, ex-funcionário de Marroni e dono do Ômega que teria dado carona ao médico no dia do desaparecimento dele, também prestou depoimento ontem. Ele entrou na sala para o interrogatório por volta das 16 horas e até às 18h20 de ontem ainda não tinha saído. O delegado pretendia ouvir ainda ontem o terceiro acusado de participação no crime, Euclides Antonio Barbosa. Para o empresário, o delegado fez 62 perguntas e para Claudionor e Euclides, o delegado disse que havia preparado 58 perguntas.
De acordo com a polícia, Marroni é dono da arma usada para matar o médico. O empresário é dono da Gráfica Líder, em Londrina. O cardiologista Francisco de Assis Coimbra desapareceu no dia 22 de julho de 1998, depois de deixar a clínica dele para visitar um paciente internado no Hospital Santa Rita. A princípio, a polícia suspeitava de sequestro, mas a hipótese logo foi descartada. O corpo do médico só foi encontrado no dia 31 de agosto, em uma plantação de milho, no município de Sertanópolis (40 quilômetros ao norte de Londrina). De acordo com o delegado o empresário revelou fatos novos sobre o assassinato.